Publicado em: 09/10/2025 às 19:20hs
Com o encerramento do vazio sanitário da soja em grande parte do país, os produtores iniciaram o plantio da safra 2025/26. Até a primeira semana de outubro, aproximadamente 8,2% da área total prevista já havia sido semeada.
Os maiores avanços foram registrados no Paraná (26%) e no Mato Grosso (15,6%), dois dos principais estados produtores da oleaginosa.
Enquanto a nova safra começa a ser plantada, o escoamento da safra 2024/25 continua em ritmo acelerado.
Até setembro, o Brasil exportou 95,1 milhões de toneladas de soja, volume próximo ao total embarcado em todo o ano de 2024 (97,3 milhões de toneladas).
Para outubro, o line-up (agenda de embarques) aponta 7,1 milhões de toneladas previstas, o que pode elevar o total acumulado para mais de 102 milhões de toneladas. Entre novembro e dezembro, estima-se o envio de outros 8 milhões de toneladas, consolidando a previsão de 110 milhões de toneladas exportadas em 2025.
A China continua sendo o principal destino da soja brasileira, com 6,5 milhões de toneladas importadas em setembro, o equivalente a 93% do total exportado pelo Brasil no mês.
A colheita da segunda safra de milho foi concluída na primeira semana de outubro.
Até setembro, o país já havia exportado 24 milhões de toneladas, e outras 6 milhões de toneladas estão previstas para outubro — número que ainda pode ser revisado ao longo do mês.
Os principais destinos seguem com demanda aquecida:
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou em setembro suas estimativas de produção para a safra americana, projetando 427,1 milhões de toneladas de milho e 117 milhões de toneladas de soja.
As lavouras seguem com bom desempenho: 90% do milho e 89% da soja estão classificadas entre “razoáveis” e “excelentes”.
A colheita já começou nos EUA, com 18% do milho e 19% da soja colhidos, ritmo semelhante à média dos últimos quatro anos.
Entretanto, o USDA suspendeu temporariamente suas publicações devido a uma paralisação orçamentária do governo americano, o que pode atrasar os próximos relatórios de oferta e demanda.
Com base nas estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), o Brasil deve consolidar em 2025 mais um ano de recordes nas exportações de soja e milho.
O desempenho é impulsionado pelo forte apetite do mercado internacional, especialmente da China, e pela eficiência logística dos portos brasileiros, que vêm registrando aumento contínuo na movimentação de grãos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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