Centro-Sul brasileiro ganha destaque pelo aumento na produção do adoçante, compensando parcialmente a retração estimada para a fabricação de açúcar em países como Tailândia e Índia

Com o avanço da pandemia do Coronavírus no Brasil e a consequente queda na demanda por combustíveis, a expectativa é que as usinas maximizem seu mix açucareiro, levando o Brasil a produzir 35,3 milhões de toneladas (tel quel), de acordo com a INTL FCStone – volume que representa alta de 35,8% em relação ao observado em 2018/19 e aumento de 2,7 milhões de toneladas em relação à estimativa de março/20 divulgada pelo grupo.

Esse crescimento deve compensar de forma expressiva a retração observada na produção de açúcar em players como Tailândia, China, Estados Unidos e México, dando alívio significativo para o déficit produtivo no ciclo internacional, agora calculado em 3,1 milhões de toneladas, volume que é 5,5 milhões de toneladas inferior ao estimado em março/20.

A produção total da commodity em 2019/20 foi revisada pela INTL FCStone em cerca de 3,1 milhões de toneladas no comparativo com a última estimativa, atingindo 180,8 milhões de toneladas – diminuição de 2,5% no comparativo safra-a-safra.

A demanda, por sua vez, foi reduzida em 2,4 milhões de toneladas em relação à estimativa de março, para 183,9 milhões de toneladas – volume que representa diminuição de 0,6% em relação ao ciclo 2018/19. O grande ponto a se analisar é que três dos principais consumidores de açúcar no mundo, China, Índia e União Europeia, adotaram medidas estritas de isolamento social em combate à COVID-19, o que pesou sobre o consumo de açúcar.