Publicado em: 22/11/2018 às 11:35hs
Os preços apresentados na nossa página inicial referem-se, portanto, aos números do fechamento de ontem.
Veja como fecharam os mercados da soja, do milho e do café:
Soja fecha com leve alta nesta 4ª e deve flutuar entre US$ 8,75 e US$ 9 até definição entre EUA e China
Depois de mais um dia morno na Bolsa de Chicago, os preços da soja fecharam a sessão desta quarta-feira (21) com leves ganhos na Bolsa de Chicago. Apesar de terem testado os dois lados da tabela durante o dia, o mercado manteve sua estabilidade e os traders sua cautela antes do feriado do Dia de Ação de Graças que será comemorado nesta quinta (22) nos EUA.
Os futuros da oleaginosa terminaram o dia com pequenas altas de 3 a 3,75 pontos, com o janeiro/19 cotado a US$ 8,84 e o maio/19, referência para os negócios no Brasil, com US$ 9,10.
Além do posicionamento antes do feriado americano, os participantes do mercado também se mantém mais na defensiva na espera do novo encontro do G20, onde se reunem Donald Trump e Xi Jinping para uma possibildade de acordo entre os dois países e, até que saia uma definição, as cotações seguirão caminhando de lado na CBOT.
"Não temos, nesse momento, nenhum fundamento que traga uma demanda diferente do que estamos assistindo", explica o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, que afirma ainda, porém, os sinais que vêm sendo dados pelo mercado financeiro deverão ser acompanhados também de perto.
Para o executivo, até lá, nestes próximos 10 dias, os preços em Chicago deverão continuar a flutuar entre US$ 8,75 e US$ 9,00 por bushel no mercado futuro norte-americano.
Preços no Brasil
No Brasil, os destaques foram os preços nos portos. Em Paranaguá, as cotações subiram mais de 1% e fecharam com R$ 84,00 no disponível e R$ 78,00 para a safra nova. Na contramão, em Rio Grande, baixa de 0,60% no spot, que fechou com R$ 83,50 por saca, e o dezembro com R$ 84,00, caindo 1,18%.
O dólar favoreceu as altas onde as mesmas foram registradas, uma vez que fechou com ganho de 0,72% e valendo R$ 3,7901.
No interior, as movimentações foram pontuais, assim como caminha a comercialização no país. Em algumas praças, os preços cederam mais de 4%, como foi o caso de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, onde os preços fecharam a quarta-feira em R$ 65,00 e R$ 64,00 por saca.
Os prêmios também cederam, principalmente nas posições mais próximas de entrega, como o novembro e o dezembro/18, que foram a US$ 1,40 por bushel sobre Chicago, perdendo 9,68%. Nos últimos 30 dias, os valores já recuaram mais de 30%.
Milho: Mercado encerra pregão desta 4ª próximo da estabilidade em Chicago em véspera de feriado nos EUA
Mais uma vez, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram um dia de poucas oscilações. No pregão desta quarta-feira (21), as principais posições da commodity testaram os dois lados da tabela, mas encerraram o dia bem próximas da estabilidade. O dezembro/18 era cotado a US$ 3,61 por bushel e o março/19 trabalhava a US$ 3,72 por bushel.
Segundo as agências internacionais, as movimentações foram limitadas na véspera do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que será comemorado nesta quinta-feira (22). "Os mercados vão rastejar em direção ao feriado de Ação de Graças", reforçou Jason Roose, da US Commodities ao Agriculture.com durante essa semana.
Ainda assim, os analistas ainda destacam que, no quadro fundamental, as atenções permanecem voltadas à colheita do cereal norte-americano. Conforme levantamento reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o início da semana, cerca de 90% da área semeada nesta temporada já foi colhida.
"Temos ainda cerca de 10% do milho nos campos. O leve volume está tornando os preços mais vulneráveis a oscilações", disse Brian Grossman, corretor do Zaner Group em Chicago.
Mercado interno
No mercado brasileiro, as cotações do milho apresentaram ligeiras movimentações. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Brasília, o ganho ficou em 4,84%, co a saca a R$ 32,50. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a alta ficou em 4,00%, com a saca a R$ 26,00.
Na região de Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca subiu 1,56% e encerrou o dia a R$ 32,50. Por outro lado, em Campo Novo do Parecis (MT), a queda ficou em 4,76%, com a saca a R$ 20,00. Ainda no estado, em Tangará da Serra, a perda foi de 4,35%, com a saca a R$ 22,00.
Conforme dados reportados pelo Cepea no início dessa semana, as cotações voltaram a apresentar altas no mercado doméstico em meio ao aquecimento da demanda. Em contrapartida, os vendedores ainda permanecem retraídos.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 0,72%, cotada a R$ 3,7901. "O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (21), voltando a se aproximar do patamar de R$ 3,80, num movimento de correção com a piora do cenário internacional", destacou o site do G1.
Café: Bolsa de Nova York recua mais de 100 pts nesta 4ª feira com câmbio e informações do Brasil
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (21) com queda de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão chegou a buscar acomodação em parte do dia, mas acabou estendendo perdas da véspera com câmbio e dados da oferta.
O vencimento dezembro/18 encerrou o dia com baixa de 35 pontos, a 110,30 cents/lb, e o março/19 recuou 110 pontos, cotado a 113,80 cents/lb. Já o contrato maio/19 registrou 116,70 cents/lb com perdas de 105 pontos e o julho/19 registrou 119,40 cents/lb e 100 pontos de desvalorização.
O viés seguiu baixista no arábica com o mercado atento às flutuações do dólar que, às 16h59, subia 0,66%, cotado a R$ 3,789 na venda, em movimento de ajuste. A moeda estrangeira mais alta ante o real tende a encorajar as exportações da commodity, mas pesa sobre os preços.
"As tensões se elevam com a recente realização de lucros, principalmente de empresas de tecnologia americanas e com a forte derrocada do petróleo", disse a gestora Infinity em relatório. As informações são da Reuters internacional.
"As relações das moedas, especialmente entre o dólar e o real brasileiro, continuam a ser uma força motriz na negociação de café, e o dólar estava alto", disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. Essa é a segunda queda consecutiva no mercado.
A oferta global de café e informações sobre o clima nas áreas produtoras brasileiras repercutiram no mercado durante o dia. "O clima no Brasil parece bom agora, com algumas precipitações e chuvas na previsão para esta semana", disse Scoville. A safra 2019/20 está em desenvolvimento.
Mercado interno
As transações no país seguem lentas com as oscilações externas e os recentes feriados de Finados e da Consciência Negra, segundo noticiou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). "Após ter registrado maior liquidez em outubro, as negociações envolvendo os cafés arábica e robusta ocorrem em menor ritmo neste mês", disse o órgão.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 471,00 e queda de 3,88%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor em Franca (SP) com saca a R$ 450,00 - estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,46% e saca a R$ 439,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu no Oeste da Bahia com saca a R$ 440,00 e queda de 1,23%.
Na terça-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 440,47 e alta de 0,93%.
Fonte: Notícias Agrícolas
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