Publicado em: 14/08/2014 às 11:10hs
Nada mais falso – pelo menos até aqui. Pois, primeiro, tais altas ocorrem habitualmente na primeira quinzena do mês: é quando o assalariado vai ao mercado. Segundo, essas altas, exceto para o boi, não começaram agora, vêm desde julho passado, ou seja, são anteriores ao desenlace recente do atual entrevero internacional. Terceiro – e principal - a elevação de preços neste período é processo determinado pela Natureza, independe da intervenção do homem.
Em outras palavras, estamos na entressafra da carne [bovina]. Que, neste ano, começou atrasada - até porque não houve período de safra (no 1º semestre, em vez da estabilidade ou das baixas habituais, os preços do boi em pé registraram alta até abril, só depois apresentando pequeno declínio, mas sem retroceder aquém dos valores iniciais do ano).
Nos gráficos abaixo está reproduzida, primeiro, a curva média de preços dos últimos 16 anos (1998 a 2013), pela qual se confirma a sazonalidade do setor; e, segundo, a curva de preços real de 2014 – relativamente subvertida em relação à curva sazonal, mas agora entrando em seu caminho tradicional.
Não há dúvida de que a concretização de maiores embarques para o mercado externo irá influenciar também as cotações internas do boi, do suíno e do frango vivos. Mas, independente até de novos negócios do gênero, a tendência agora é de valorização até o final do ano. Afinal, estamos no período de entressafra da carne.
Fonte: Avisite
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