Publicado em: 17/11/2025 às 19:20hs
A agricultura da Bahia deve continuar em crescimento em 2026, segundo projeções da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri). O estado, que já se destaca como um dos principais polos produtivos do Nordeste, deve colher resultados positivos graças à diversificação das lavouras, fator que impulsiona o desempenho do campo e fortalece o agronegócio regional.
De acordo com o primeiro prognóstico do IBGE, o estado deve registrar avanço em 16 das 26 culturas analisadas, com destaque para o algodão, o café arábica e o feijão da primeira safra — cadeias consideradas estratégicas para a economia baiana.
O secretário estadual Pablo Barrozo destacou que o comportamento diversificado das culturas é resultado direto das políticas estaduais de manejo, irrigação e assistência técnica promovidas pela Seagri.
“A pasta acompanha de perto o desempenho das lavouras e mantém diálogo constante com produtores e entidades do setor, buscando ampliar a produtividade e mitigar os efeitos de oscilações climáticas e de mercado”, afirmou Barrozo.
O uso crescente de tecnologia agrícola e o fortalecimento de parcerias público-privadas têm contribuído para aumentar a eficiência produtiva e reduzir riscos associados às variações de clima e preços.
Enquanto 2026 se desenha com perspectivas favoráveis, a safra de 2025 deve consolidar um recorde histórico de produção. Segundo o IBGE, a Bahia deve alcançar 12,84 milhões de toneladas de grãos, representando um crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior.
Esse desempenho reforça o protagonismo do agronegócio baiano no cenário nacional, especialmente no Cerrado baiano, que segue como uma das regiões mais produtivas e tecnificadas do país.
Entre os produtos com maior projeção de crescimento para 2026, o café arábica se destaca com alta estimada acima de 40%, impulsionada por investimentos em renovação de lavouras e melhoria genética.
O feijão da primeira safra também deve apresentar desempenho expressivo, com elevação de 23,5%, resultado do avanço no uso de sementes adaptadas ao clima semiárido e da ampliação da área irrigada em regiões produtoras.
Esses avanços reforçam o papel das culturas tradicionais na sustentação da economia agrícola baiana e na geração de renda para pequenos e médios produtores.
Apesar das projeções positivas, o conjunto dos grãos deve registrar leve retração de 4% em 2026, impactado pelo desempenho mais contido da soja e do milho, que respondem pela maior parte da produção estadual.
Por outro lado, o algodão mantém tendência de crescimento e deve avançar 6,5%, consolidando a Bahia como o segundo maior produtor do país, responsável por mais de 20% da produção nacional prevista para o próximo ano.
As estimativas integram o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado mensalmente pelo IBGE, e podem sofrer ajustes ao longo de 2025, conforme as condições climáticas e o andamento do plantio.
Ainda assim, o cenário geral é de otimismo para o campo baiano, que segue firme em sua estratégia de diversificação, inovação e sustentabilidade — pilares que sustentam o crescimento contínuo da agricultura no estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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