Publicado em: 20/08/2025 às 13:55hs
O setor de aviação agrícola do Brasil discute os efeitos da taxação americana, especialmente a possibilidade de aplicação da Lei de Reciprocidade pelo governo brasileiro, o que poderia resultar em tributação sobre todos os equipamentos das aeronaves. A avaliação foi feita pelo economista Claudio Junior Oliveira Gomes, diretor operacional do SINDAG (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), durante debate no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, realizado no Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger (MT).
Segundo Gomes, a taxação impacta indiretamente o setor, uma vez que a aviação agrícola atende segmentos que também são afetados pela medida. Inicialmente, a previsão era de um recuo de US$ 500 milhões na prestação de serviços e na compra de novas aeronaves, mas produtos fora da tarifa obrigam a revisão desses números.
O economista destacou que a instabilidade geopolítica e econômica tem gerado desconfiança entre os empresários, dificultando investimentos no setor. Durante o evento, foram discutidos dois caminhos principais:
Segundo o SINDAG, o Brasil foi o maior comprador mundial de aeronaves agrícolas em 2024, segundo fabricantes dos EUA, reforçando a relevância do país no mercado internacional.
O setor aeroagrícola brasileiro tem registrado crescimento médio de 4,16% ao ano nos últimos 14 anos. Em 2010, o país contava com 1.560 aeronaves, número que subiu para 2.722 hoje. Só no Estado de Mato Grosso há 749 aeronaves em operação.
Para 2025, o faturamento do setor deve atingir R$ 8 bilhões, com a expectativa de chegar a 3.400 aeronaves em 2028, atendendo 170 milhões de hectares e gerando receita anual de R$ 10 bilhões.
O evento, iniciado nesta terça-feira (19) e com lançamento oficial às 18h, segue até quinta-feira (21). A programação completa está disponível no site oficial do congresso: https://congressoavag.org.br/programa/
O aeroporto possui infraestrutura completa para atender o setor aeroagrícola e aeronaves executivas de pequeno, médio e grande porte:
Fonte: Portal do Agronegócio
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