Publicado em: 22/08/2025 às 19:00hs
O Congresso da Aviação Agrícola do Brasil 2025, realizado no Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger (MT), encerrou-se nesta quinta-feira (21), após três dias de intensa programação. O evento se consolidou como um espaço estratégico para debates, networking e inovação tecnológica no setor aeroagrícola.
Autoridades políticas, empresários, pesquisadores e pilotos participaram da programação, que coincidiu com a celebração do Dia Nacional da Aviação Agrícola, comemorando os 78 anos da atividade no país. A abertura, na noite de terça-feira (19), destacou a importância histórica e econômica da aviação agrícola para Mato Grosso e para o Brasil.
A presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG), Hoana Almeida Santos, enfatizou os progressos da aviação agrícola nos últimos anos. Ela destacou a maior participação feminina no setor, os desafios econômicos e a necessidade de combater mitos sobre a atividade.
Hoana também anunciou que 2025 será o Ano da Segurança na Aviação Agrícola, reforçando o compromisso com a qualificação profissional e a adoção de boas práticas de operação.
Durante o congresso, foram entregues a Medalha Mérito Aviação Agrícola, a maior honraria do setor, e certificados a profissionais e empresas que se destacaram na atividade. O auditório, lotado durante os três dias, recebeu palestras, debates, apresentações científicas e uma mostra tecnológica, evidenciando a dimensão e ambição da edição 2025.
Um dos principais temas discutidos foi o impacto da taxação americana sobre aeronaves agrícolas. O economista Claudio Junior Oliveira Gomes, diretor operacional do SINDAG, moderou os debates, ressaltando que a aplicação da Lei de Reciprocidade pelo Brasil pode afetar a compra de equipamentos e a prestação de serviços no setor.
Segundo Gomes, inicialmente a expectativa era de um recuo de US$ 500 milhões, mas ajustes ainda eram necessários devido à exclusão de alguns produtos da taxação.
O setor aeroagrícola brasileiro apresenta crescimento consistente. Nos últimos 14 anos, a frota nacional aumentou de 1.560 para 2.722 aeronaves, sendo Mato Grosso responsável por 749 delas. Para 2025, o faturamento do setor deve atingir R$ 8 bilhões, e a projeção é que a frota chegue a 3.400 aviões até 2028, atendendo 170 milhões de hectares em todo o país.
O congresso evidenciou que a aviação agrícola brasileira busca crescimento sustentável, inovação tecnológica e fortalecimento da segurança operacional, consolidando o país como referência no setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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