Publicado em: 19/03/2012 às 10:15hs
Suíno vivo
Abertura de novos mercados como China e Estados Unidos. Imbróglio nas exportações Russas e Argentinas. Estes são alguns dos motivos elencados pelos suinocultores gaúchos para a queda no preço do suíno vivo no Rio Grande do Sul.
Atualmente, segundo dados da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul - Acsurs, o quilo do suíno independente está sendo comercializado a R$ 2,29 (preço médio conforme pesquisa realizada no dia 13 de março). Já para o suíno integrado a situação é ainda pior, pois está sendo vendido a R$ 2,10. Este panorama é muito desanimador, haja vista que há pouco mais de dois meses, em dezembro, o suíno independente foi comercializado por R$ 2,77 e o integrado por R$ 2,30.
Se comparado os atuais valores de venda com o custo de produção, que está em R$ 2,70, verifica-se um prejuízo de 30% por animal abatido, ou seja, O PRODUTOR ESTÁ PAGANDO PARA PRODUZIR e acumulando dívidas, "pois não há mais como economizar ou diminuir os custos de produção dentro da granja", afirma o Presidente da Acsurs e Conselheiro de Relações com o Mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos - ABCS, Valdecir Luis Folador, que tem recebido inúmeros telefonemas de produtores buscando informações sobre essa crise e tentando entender o que está ocorrendo.
Segundo os produtores, um dos motivos para a atual situação econômica desfavorável é o fato da notícia de abertura de novos mercados como os Estados Unidos e a China. Isso acabou influenciando muitas empresas a investirem em novos empreendimentos suinícolas e, consequentemente, aumentarem a produção, causando um excesso de oferta de suínos vivos no mercado, provocando a queda no preço pago ao produtor.
"Essa situação não tem lógica. Estamos muito indignados e revoltados com o que estão fazendo conosco. É preciso que ocorra uma melhora no preço o quanto antes, pois a nossa situação está muito difícil", desabafa um suinocultor ligado à Acsurs.
Além disso, a questão do embargo Russo à carne suína e a situação difícil da Argentina também tem contribuído para que haja uma grande oferta de suínos no mercado. Isso também provocou a queda nos preços. Outro ponto exposto e reclamado pelos suinocultores é o alto preço do milho comercializado pela Conab (R$ 27,00). (Suinocultura Industrial)
Frango vivo
O frango vivo completou a terceira semana de março e entrou na segunda quinzena do período com a mesma cotação reajustada logo no dia 1º (R$1,80/kg), o que significa dizer que as projeções de alcançarem-se, ainda neste mês, preços efetivamente remuneradores acabaram frustradas.
Usando o lugar comum, alguém poderia dizer que "efetivamente, o mercado não está pra peixe". Mas é Quaresma e, na verdade, o mercado "não está" para as três carnes que, além de enfrentarem a recessão típica do período religioso, sofrem bem mais por conta de outros dois fatores típicos deste momento do ano: de um lado, o aumento da oferta determinado pela intensificação da safra da carne; do outro, a limitada capacidade aquisitiva do consumidor, ainda amarrado aos impostos, taxas e obrigações financeiras de todo início de ano.
Nessas circunstâncias, pode-se considerar que o frango vivo é um ganhador, pois, nos últimos 30 dias, enquanto boi e suíno vivos perderam, respectivamente, 3% e 11% de seu preço, o frango obteve um ganho de 9%.
Obviamente, não há nesse comportamento nenhum milagre, mas efeito, apenas, da redução da produção – até o momento não-mensurável, mas clara pelo comportamento do mercado.
De toda forma, não se pode ignorar que a despeito da valorização obtida nos últimos 30 dias, o frango vivo continua com praticamente todos os resultados financeiros negativos. Pois sua cotação atual é 5% inferior à da abertura de 2012 e 10% menor que a registrada um ano atrás.
Isso sem contar que a média do mês permanece 11,28% aquém da média de março de 2011 e que o preço médio até agora atingido no ano, R$1,64/kg é não só quase 15% menor que a média do ano passado, mas também se encontra, nominalmente (isto é, sem considerar a inflação acumulada desde então), nos mesmos níveis registrados entre 2008 e 2010. (Avisite)
Ovos
A oferta para este momento do ano (especial, ao menos para o ovo) é escassa e a demanda é firme. Mesmo assim, o produto obteve na terceira semana de março apenas um modesto e pouco significativo ajuste de preços. Por quê?
Sem dúvida recai sobre o ovo o mesmo mal que afeta praticamente toda a economia brasileira: o limitado poder de compra do consumidor, ainda atado à camisa de força representada pelas múltiplas obrigações financeiras de cada novo início de ano.
Nesse panorama, o início da segunda quinzena apenas agrava as dificuldades de reposição de preços. O que não impede que novos ajustes venham a ocorrer antes do final do mês, dadas as tipicidades do período de Quaresma no consumo de ovos.
Isso, mais do que oportuno, é necessário. Pois mesmo tendo experimentado até agora valorização média de 8,11% sobre o mês anterior, o ovo continua com preços médios ainda inferiores aos de março de 2011. Isso sem conta r que a remuneração média obtida nos primeiros 77 dias de 2012 (1º de janeiro a 17 de março) é 3,6% inferior à média anual de 2011, além de situar-se, nominalmente (isto é, sem qualquer deflação que leve em conta a desvalorização da moeda no período), no mesmo nível alcançado em 2008. (Avisite)
Ovos brancos
Ovos vermelhos
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 93,97 com a variação em relação ao dia anterior de -0,35%. A variação registrada no mês de Março é de -2,31%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 52,15.Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 56,02. O mercado apresentou uma variação de 0,43% em relação ao dia anterior. O mês de Março apresentou uma variação de 10,93%.O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 31,09. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 29,55 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,48% em relação ao dia anterior e de 2,75% no acumulado do mês de Março. O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,40.O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
Fonte: Comunicação Uniquímica
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