Publicado em: 09/10/2025 às 16:00hs
O setor agropecuário brasileiro tem registrado crescimento contínuo nos últimos cinco anos, mesmo enfrentando oscilações pontuais em determinadas regiões. O Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso, por exemplo, passou de R$ 186,9 bilhões em 2020 para uma projeção de R$ 220,9 bilhões em 2025, apesar das quedas observadas em 2023 e 2024.
No Paraná, a combinação equilibrada entre lavoura e pecuária mantém resultados estáveis, com previsão de R$ 156,6 bilhões para 2025. Já em São Paulo, a produção agropecuária deve alcançar R$ 158,6 bilhões, impulsionada principalmente por culturas como cana-de-açúcar e cítricos.
Diante da diversidade de cenários regionais, o uso de dados precisos e segmentados se torna essencial para antecipar tendências do mercado. Luiz Almeida, diretor de Operações Agro da EEmovel, destaca que o cruzamento de informações públicas com dados de sensoriamento remoto permite compreender com maior precisão as movimentações regionais.
“Fomos pioneiros ao consolidar e disponibilizar dados de mercado de forma integrada, garantindo análises completas sobre produtividade, área plantada e potencial financeiro de cada município, estado ou região”, afirma Almeida.
O perfil produtivo dos estados brasileiros mostra particularidades marcantes. Mato Grosso concentra 79% de sua produção em lavoura, com forte presença de soja e milho. O Paraná mantém quase equilíbrio entre pecuária e grãos, reduzindo vulnerabilidade a oscilações de preços internacionais ou impactos climáticos.
Em São Paulo, a área cultivada cresceu de 8,6 milhões para 11,7 milhões de hectares entre 2020 e 2025, consolidando o estado como polo estratégico para culturas de alto valor agregado.
Para o próximo ano, o setor projeta recuperação e fortalecimento da diversificação como estratégia de mitigação de riscos e expansão de oportunidades.
“O agro brasileiro prova sua resiliência a cada safra. A combinação entre tecnologia, aumento de produtividade e maior integração de cadeias de valor tende a consolidar um ciclo de crescimento mais sustentável e competitivo nos próximos anos”, conclui Luiz Almeida.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias