Publicado em: 15/02/2021 às 11:00hs
Mas agora, três das principais organizações da agropecuária europeia se uniram para explicar por que não apoiam o acordo de livre comércio. E o fazem através de campanha que inclui um vídeo de seis minutos, lançado nos países integrantes da UE na última quinta-feira, 11 de fevereiro.
Integram a campanha a Copa-Cogeca (sediada em Bruxelas, é um espécie de confederação agrícola dos produtores e cooperativas agrícolas europeus), a CIBE (confederação europeia dos plantadores de beterraba para a produção de açúcar) e a AVEC (“a voz do setor de carne avícola europeu”, como se autointitula).
No vídeo ora exibido ao público europeu as três instituições revelam as três razões principais que as opõem ao acordo UE-Mercosul: primeiro, ele fragiliza ainda mais setores já frágeis da agropecuária europeia; segundo, esse e outros acordos já assinados ou que estão por vir causam um impacto cumulativo dificilmente mensurável; e, terceiro, o acordo não contém as exigências técnicas de produção impostas aos produtores europeus.
Para este último caso, tomam como exemplo a produção de beterraba sacarina. Ela vai sofrer a concorrência do açúcar de cana do Brasil, onde se utilizam defensivos e OGMs proibidos na UE.
Quanto ao aumento de fragilização de setores já frágeis da agropecuária, adotam como modelo a carne bovina, afirmando que o acordo vai transferir o poder de barganha dos pecuaristas da UE para os grandes operadores dos países do Mercosul.
Por fim, como exemplo dos “impactos cumulativos imensuráveis” apelam para a carne de frango. Observam que “a importação prevista irá corresponder à produção conjunta da Dinamarca, Finlândia e Suécia”.
Fonte: AviSite
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