Publicado em: 03/11/2025 às 08:00hs
A agricultura familiar ocupa um espaço de extrema importância na indústria alimentícia no Brasil. Segundo o IBGE, mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros têm origem nesse modelo. Para além dos números, ela representa diversidade de culturas, preservação de tradições e um sistema agrícola mais sustentável.
Apesar dessa relevância, pequenos produtores ainda enfrentam desafios diários para manter a produção, garantir renda e acessar canais de comercialização, e é nesse ponto que a indústria de alimentos pode, e deve, assumir um papel ativo, construindo relações que geram valor para todos os envolvidos.
O impacto deste modelo de parceria transcende a produção, gerando um efeito que vai além da porteira.Na operação da Grano Alimentos, por exemplo, apesar de estar localizada na cidade de Serafina Corrêa (RS), possui parceria com produtores de até 350 km de distância, gerando então um impacto bastante significativo no fortalecimento da economia regional.. Isso se manifesta na manutenção de empregos e no incentivo à permanência das famílias no campo.
Cada contrato estabelecido não só assegura a oferta de alimentos de alta qualidade, mas também fomenta o desenvolvimento de escolas, comércios e serviços essenciais para as comunidades locais.
Além disso, falar de agricultura familiar é, também, falar sobre transmissão de conhecimento entre gerações, algo que transcende o fator econômico. Nas pequenas propriedades, o cultivo não é apenas um trabalho, mas parte da identidade da família. Técnicas de plantio, cuidado com a terra e respeito ao ciclo natural muitas vezes são aprendidos ainda na infância e levados adiante por filhos e netos. Esse legado preserva tradições, fortalece vínculos com a comunidade e garante que a agricultura familiar continue sendo um pilar essencial da segurança alimentar do país.
Nas visitas que faço às propriedades parceiras da Grano Alimentos é impossível não se emocionar ao ver que cada colheita representa mais do que alimento: representa a continuidade de um legado familiar. Em muitas conversas, escuto relatos de pais e filhos que, juntos, enfrentam as incertezas do clima e do negócio, mas mantêm viva a esperança de prosperar no campo.
Para a indústria, a proximidade com os pequenos produtores abre caminho para algo essencial: acompanhar de perto os processos de cultivo, garantir boas práticas e assegurar padrões de qualidade. Esse relacionamento direto permite maior rastreabilidade, transparência e confiabilidade, atributos que, cada vez mais, são exigidos pelos consumidores e fortalecem a credibilidade da indústria.
Tudo isso se reflete diretamente no que chega à mesa: alimentos mais frescos, nutritivos e variados que nascem de técnicas que respeitam a terra e a realidade de cada família. O resultado não é só alimento de melhor qualidade, mas também uma alimentação mais saudável, sustentável e acessível para todos.
Assim, reconhecer o pequeno produtor como protagonista desse processo significa entender que cada colheita vai muito além de alimento. A alimentação proveniente da agricultura familiar mantém ainda mais famílias no campo, fortalece comunidades e cuida do meio ambiente, carregando consigo valores de inclusão, sustentabilidade e propósito.
Fonte: VCRP
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