Publicado em: 17/10/2025 às 09:27hs
Atuando no agronegócio há mais de 10 anos, pude observar a evolução de um modelo focado exclusivamente na produção, para uma nova era, onde a sustentabilidade deixou de ser um custo e se tornou um pilar estratégico. Neste 17 de outubro, Dia da Agricultura , celebramos não apenas a força de um dos pilares mais importantes do Brasil, mas também sua capacidade de inovar, regenerar e liderar o debate global sobre sustentabilidade no campo. Em meio aos desafios climáticos crescentes e com a aproximação da COP 30 em Belém (PA), surge uma pergunta crucial: será que podemos produzir mais alimentos com menos impacto ambiental?
A resposta, felizmente, se manifesta em ações concretas que já transformam o campo. A antiga dicotomia entre produção e preservação não se sustenta mais na indústria. O agronegócio, responsável por cerca de 25% do nosso PIB, não é inimigo da agenda ESG. Pelo contrário, ao aliar ciência e inovação, a atividade se posiciona como um parceiro relevante na solução climática global. A chave para essa transformação está na adoção de tecnologias e práticas que aumentam a produtividade, reduzem o impacto ambiental, geram valor para a sociedade e promovem a resiliência de toda a cadeia produtiva.
O caminho para um agronegócio mais verde envolve estratégias como a restauração de áreas degradadas, permitindo a expansão da produção, sem abrir novas fronteiras agrícolas. Desse modo, além de aumentar a produtividade, contribui para o sequestro de carbono. Outro pilar fundamental se encontra na eficiência do uso de insumos que, por meio da inovação, permitem usar menos água e fertilizantes, e obter resultados superiores. Bioestimulantes naturais, por exemplo, aumentam a produtividade das lavouras em até 23%, com a necessidade de menos água.
A indústria também avança em soluções que reduzem a pegada de carbono. Um grande aliado para isso é o uso de fertilizantes à base de aminoácidos que podem diminuir em até 64% as emissões de óxido nitroso (N₂O), um gás com potencial de aquecimento global 250 vezes maior que o CO₂. O fortalecimento do sistema radicular das culturas perenes com esses fertilizantes também promove o sequestro de carbono no solo, uma estratégia vital para a agricultura de baixo carbono.
O Brasil, um gigante do agronegócio, demonstra que a nossa força na lavoura caminha lado a lado com nosso compromisso ambiental. A produção agrícola brasileira já se configura como parte da solução para as mudanças climáticas, investindo em ciência e circularidade para responder aos desafios da nova economia verde. A pergunta não é mais se a agricultura pode ser sustentável, mas sim, quão longe ela irá nessa jornada e quais organizações estão contribuindo para esse desafio.
Fonte: Ajinomoto do Brasil
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