Estados Unidos, China e Brasil vão dominar a indústria florestal no mundo inteiro, mas isso não significa que outros países não possam usufruir deste mercado com fatias menores, além de visualizarem seus mercados internos.

A palestra de Rosario Pou Ferrari, realizada nesta terça-feira, 19, durante o primeiro dia 6º Timberland Investing Latin America Summit, expôs diferenças grandes entre Brasil e Uruguai, apesar de serem vizinhos.

De acordo com Rosario Ferrari, no Uruguai 98% das plantações de madeiras são certificadas e houve um grande investimento em melhoramento genético e na especialização da mão de obra, além do manejo.

Ela disse ainda que para o seu país o maior objetivo com madeira de eucalipto e pinus é a geração de energia, que corresponde a 49% de tudo o que é plantado, seguido da madeira para indústria, com 35%, e dos cavacos para celulose, com 16%.

"Contudo, são mercados que vão se complementar porque o Brasil está se voltando para o eucalipto e nós com o pinus”, completou Ferrari.

No Uruguai, há ainda 2,5 milhões de hectares disponíveis para florestas, o que deve atrair investimentos. Pelas projeções apresentadas na palestra de Ferrari, o ápice da produção ocorrerá na próxima década.