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Uberlândia investe no potencial da biomassa

Estudo da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mostrou que Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda cidade mineira com maior potencial para geração de energia a partir da biomassa


Publicado em: 06/07/2018 às 18:20hs

Uberlândia investe no potencial da biomassa

Estudo da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mostrou que Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda cidade mineira com maior potencial para geração de energia a partir da biomassa. O perfil econômico do município, voltado para o agronegócio, foi o fator determinante para colocar Uberlândia nessa posição.

De acordo com o levantamento da Cemig, intitulado de Potencial de Energia da Biomassa em Minas Gerais, Uberlândia tem capacidade para gerar até 58 megawatts (MW) de energia por meio da biomassa. A cidade só perde para Uberaba, também no Triângulo, com potencial para 118 MW.

Os resíduos vegetais gerados a partir das culturas do milho, soja e lenhosos, além da suinocultura e do efetivo galináceos (galos, galinhas, frangos e pintos) são os responsáveis por colocar a cidade em evidência na geração de energia a partir da biomassa.

“Temos uma estrutura pública voltada para o conceito de sustentabilidade e fontes renováveis. Hoje, a proposta da prefeitura é atrair empresas que gerem energia a partir de fontes renováveis e já temos negociações em curso”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Dilson Dalpiaz.

Segundo ele, a matriz energética da cidade é 70% hidrelétrica, 8% fotovoltaica e 2% biomassa, sendo 80% de toda a fonte de Uberlândia renovável. Dalpiaz explicou que as atividades que geram resíduos para produção de energia de biomassa já são desenvolvidas na região.

Além disso, Uberlândia está recebendo um investimento inicial de R$ 30 milhões da ME-LE Energietechnik, empresa alemã que atua no ramo bioquímico e de energias renováveis. A companhia está construindo uma planta dedicada à fabricação de biodigestores. O equipamento, segundo o secretário, pode usar resíduos sólidos do lixo, resíduos vegetais ou resíduos animais para gerar energia. O projeto da ME-LE deve gerar até mil empregos diretos e indiretos.

“Isso é importante porque cria uma cadeia de ponta a ponta. Já tem os resíduos, agora o fornecimento de equipamentos. Estudos como o da Cemig nos dão condições de trabalhar para atrair empresas que representam mais elos dessa cadeia”, avaliou o secretário.

Potencial

Para se ter ideia do potencial de geração de energia a partir de biomassa, o estudo mostrou que, em todo o País, Uberlândia foi a cidade que mais produziu cabeças de suínos (14,92 milhões) e de galináceos (775 mil) em 2015. Da mesma forma, o município teve uma das maiores áreas plantadas de soja (acima de 50 mil hectares) naquele ano.

Diante deste contexto, a prefeitura de Uberlândia criou uma Coordenação de Cidade Inteligente e Humana, ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, que está responsável por fomentar iniciativas de eficiência energética que impactem positivamente no futuro da cidade.

“A diversificação da matriz energética é considerada fator imprescindível para a autossuficiência do município. O cenário permite oportunidades e amplia o potencial de atração de investimentos sustentáveis, que possam resultar na redução de custos, de resíduos e no surgimento de novas atividades econômicas geradoras de emprego e renda”, reformou Dalpiaz.

Fonte: Diário do Comércio

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