Publicado em: 15/08/2013 às 17:10hs
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) lançaram semana passada em Fortaleza, o Inventário Florestal Nacional (IFN) no estado, iniciativa que tem como objetivo conhecer a quantidade e a qualidade dos recursos florestais cearenses. A cerimônia contou com a presença do diretor de Pesquisa e Informações Florestais do SFB, Joberto Veloso de Freitas, do superintendente da Semace, José Ricardo Araújo Lima, do presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Paulo Lustosa e de outras autoridades. O evento foi realizado durante a reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema). O Ceará é o primeiro estado da região Nordeste a se integrar ao Inventário, ação que é realizada pela primeira vez no país e gerará, ao longo dos anos, dados sobre mudanças na extensão da cobertura florestal, no aumento ou diminuição de espécies e na vitalidade das árvores, ou seja, se estão sob ataque de fungos ou pragas, por exemplo.
O levantamento será feito por amostragem em 377 pontos distribuídos à distância de 20 quilômetros um do outro, de forma que os cerca de 150 mil km² do estado sejam cobertos. Além de medir árvores e coletar solo e material botânico – folhas, frutos e flores – em cada um desses locais, serão realizadas entrevistas com moradores das proximidades a fim de conhecer sua relação com as florestas.
A Caatinga, bioma predominante no Ceará, é o único exclusivamente brasileiro, cobrindo 10% do território nacional. Ainda assim, é um dos mais ameaçados, seja pela demanda de produtos obtidos de sua vegetação, como a lenha produzida sem sustentabilidade, ou por fenômenos como a desertificação. O estado também registra áreas de Mata Atlântica, bioma considerado um dos 34 hotspot mundiais (áreas mais importantes para se preservar a biodiversidade no planeta), especialmente na porção noroeste do estado. Os dados trazidos pelo Inventário auxiliarão na tomada de decisões sobre uso e proteção desses recursos ambientais e de outros associados, conforme a realidade estadual, e também auxiliarão na elaboração de políticas públicas e em ações de desenvolvimento socioeconômico.
Fonte: Painel Florestal
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