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Entidades querem ‘raio X’ da madeira para subsidiar cartilha de oportunidades

O objetivo é elaborar uma espécie de cartilha de oportunidades que inspire o Banco do Brasil a fortalecer uma linha de crédito para o manejo florestal sustentável nesses territórios


Publicado em: 14/10/2013 às 14:10hs

Entidades querem ‘raio X’ da madeira para subsidiar cartilha de oportunidades

A empresa de consultoria Consufor, sediada no Paraná, foi contratada pelo Programa Água Brasil, gerenciado pela Agência Nacional de Águas (ANA) com a apoio da ong WWF para fazer o mapeamento dos custos da cadeia produtiva da madeira Dos estados de Rondônia e Mato Grosso. O objetivo é elaborar uma espécie de cartilha de oportunidades que inspire o Banco do Brasil a fortalecer uma linha de crédito para o manejo florestal sustentável nesses territórios.

Na manhã desta sexta-feira (11.10) o representante da Consufor, Luís Fernando Scheffler, esteve reunido com o diretor executivo e a superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), respectivamente, Álvaro Leite e Silvia Fernandes, para nivelar informações acerca de como está a situação do setor e como a entidade sindical pode colaborar no levantamento de informações para o documento.

Leite explicou que já elabora algo nesse sentido que é o Programa de Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso (PDSF/MT) feito pela empresa STCP e que os dados devem estar finalizados até novembro deste ano. Contudo, nada impede que mais informações sejam levantadas do setor para ampliar o rol de fortalecimento da atividade econômica da madeira.

Ele disse ainda ao consultor que a instituição bancária que investir no setor de manejo florestal em Mato Grosso tem uma garantia espetacular uma vez que, diferente de culturas que estão sujeitas a intempéries e de outras, que são altamente poluentes e não renováveis e ainda assim financiadas pelos bancos, o segmento madeireiro tem muito potencial de endividamento já que todas as árvores de manejo são palpáveis de imediato e podem ser conferidas uma a uma e os madeireiros do segmento de manejo seguem uma legislação ambiental altamente restritiva o que só permite trabalhar quem realmente segue os preceitos ambientais.

“A alta legalidade do setor é um fator favorável ao financiamento já que cerca de 250 mil hectares de floresta são manejados todos os anos e deixam na conta do mundo uma garantia de que a floresta não vai acabar por ser o manejo florestal uma exploração sustentável”, salientou o diretor do Cipem.

O grande problema enfrentado hoje pelo segmento, conforme apontado pelo Cipem na reunião, é que não há estrutura de estradas, o que onera o segmento e também o fato de o pátio madeireiro de Mato Grosso, por falta de abertura de investimentos, estar praticamente, estagnado há 40 anos perdendo assim em competitividade. Diante dessa constatação Scheffler indicou que a modernização do pátio madeireiro pode ser uma das vertentes de oportunidade de investimento a ser apontada ao banco.

Outro fato que pode ser positivo é a quebra do preconceito existente em torno do setor, o que é discrepante, de acordo com os representantes do Cipem, uma vez que o setor florestal com seu ativo e segurança da preservação traz marketing positivo para o banco.

Fonte: Assessoria Cipem

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