Mercado Florestal

Unidade mais eficiente da Suzano, fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS) receberá R$ 19,3 bilhões em investimentos

Projeto prevê menor emissão de carbono e amplo desenvolvimento econômico e social na região


Publicado em: 10/11/2021 às 15:00hs

Unidade mais eficiente da Suzano, fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS) receberá R$ 19,3 bilhões em investimentos

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, anuncia hoje os detalhes da fábrica de celulose que será construída no município de Ribas do Rio Pardo, no estado do Mato Grosso do Sul. O projeto demandará investimento total de R$ 19,3 bilhões e é considerado o mais eficiente da companhia em função do baixo nível de emissão de carbono previsto após o início de operação. A nova fábrica também será a mais competitiva da Suzano em termos de custo caixa de produção de celulose, condição favorecida pelo menor raio médio das florestas que abastecerão a unidade e pelo volume de energia excedente.  

O investimento industrial somará R$ 14,7 bilhões, conforme divulgado em maio passado. Outros R$ 4,6 bilhões serão investidos nas atividades florestais, na estrutura logística e em outras iniciativas previstas em projetos dessa natureza. Chamado de Projeto Cerrado, o complexo será financiado com recursos já disponíveis no caixa da Suzano, entrará em operação no segundo semestre de 2024 e tem como um de seus diferenciais a gaseificação da biomassa para substituição de combustível fóssil nos fornos de cal. 

“O escopo final do projeto indica que esta será a nossa fábrica mais competitiva e, ao mesmo tempo, aquela com maior ecoeficiência em termos de baixa emissão de carbono, sobretudo pela expressiva redução no uso de combustíveis fósseis. Além disso, é um projeto que promoverá um amplo desenvolvimento econômico e social na região”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka. A cidade de Ribas do Rio Pardo fica localizada a 100 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e possui cerca de 25 mil habitantes. 

Durante o pico de construção da unidade, devem ser gerados aproximadamente 10 mil empregos diretos, além de milhares de empregos indiretos. Depois de concluída a obra, a nova fábrica empregará cerca de 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros. Parte dessas pessoas já está sendo capacitada na própria região.  

Antes mesmo do início da construção da unidade, a Suzano tem apoiado Ribas do Rio Pardo e municípios da região com um amplo conjunto de iniciativas. Entre elas estão o Programa Suzano de Educação, que busca contribuir para o desenvolvimento de estudantes e já beneficia 4 mil estudantes do município; a implementação de cursos de qualificação profissional nas áreas industrial e florestal em parceria com o Senai; o início do programa de Apoio à Gestão Pública na cidade, com foco na estruturação de ações e projetos para preparar o município para crescer e se desenvolver de forma sustentável; e o Programa Agente do Bem, voltado à proteção da criança, do adolescente e da mulher contra a violência sexual, doméstica e familiar. 

Diversos outros projetos sociais e ambientais serão implementados durante o período de construção da fábrica. Após o início das operações, além da geração de impostos para a região e contribuição na balança comercial brasileira, um importante diferencial da unidade será a geração de energia. A fábrica produzirá energia a partir de fonte renovável e, após consumo na própria unidade, ainda terá um volume excedente de aproximadamente 180 MW médios. Essa energia é suficiente para abastecer uma cidade com 2,3 milhões de habitantes durante um mês. 

Para viabilizar a construção da unidade, a Suzano contará com a parceria de empresas como Andritz, Veolia, Suez, Siemens, Hitachi Energy e Weg, entre outras.  

A nova unidade da empresa terá o menor custo caixa estrutural de produção de celulose dentre todas as fábricas da Suzano, estimado em menos de R$ 400 por tonelada. Inicialmente, a fábrica iniciará operação com custo caixa inferior a R$ 500 por tonelada. 

Outro importante diferencial do projeto é o baixo raio médio florestal estrutural, de apenas 65 quilômetros. O indicador representa menos da metade do atual raio médio estrutural da Suzano, de 156 quilômetros.  

  • Grandes números do Projeto Cerrado 
  • Investimento total: R$ 19,3 bilhões 
  • Investimento industrial: R$ 14,7 bilhões 
  • Investimento em Florestal, Logística e Outros: R$ 4,6 bilhões 
  • Capacidade instalada: 2,55 milhões de toneladas anuais (2 milhões e 550 mil toneladas anuais) 
  • Capacidade instalada de produção de celulose da Suzano após o início das operações: 13,45 milhões de toneladas anuais* 
  • Início de operação: 2º semestre de 2024 
  • Geração de energia excedente (disponível para venda ou não consumida pela Suzano no local): 180 MW médios 
  • Raio médio estrutural da base florestal que atenderá a fábrica: 65 km 
  • Custo caixa estrutural de produção de celulose: abaixo de R$ 400 por tonelada 
  • Geração de empregos durante a obra (pico): aproximadamente 10 mil pessoas 
  • Geração de empregos após início de operações: aproximadamente 3 mil pessoas entre próprios e terceiros 
  • Número de horas de treinamento para a capacitação de pessoas: 2 milhões de horas 

* Além das linhas de produção de celulose, a Suzano possui capacidade instalada para produzir 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano.