Mercado Florestal

Tropical Flora vende mogno africano para serrarias com o primeiro desbaste

A empresa, situada em Garça, no interior de São Paulo, também vendeu pequenos toretes como lenha


Publicado em: 17/09/2014 às 13:50hs

Tropical Flora vende mogno africano para serrarias com o primeiro desbaste

Como continuidade do trabalho de pesquisa e desenvolvimento na produção de mogno africano, khaya senegalensis, a equipe da Tropical Flora iniciou os desbastes nas áreas florestais plantadas com idade que varia entre 6 a 8 anos de idade nos seus plantios localizados na cidade de Garça, interior de São Paulo.

O trabalho inicial deu-se pela marcação das árvores que iriam ser abatidas nos plantios com espaçamento de 3 x 2 metros e 3 x 3 metros, combinando duas técnicas, a seletiva e a sistemática.

Na escolha seletiva são considerados os fatores de forma do fuste, altura, diâmetro, sanidade, entre outras características que demostram quais árvores devem ser cortadas para que as melhores possam permanecer no plantio para desbastes (cortes) futuros.

É necessário combinar a escolha sistemática para que o plantio não apresente aberturas muito grandes, caso haja a concentração de árvores ruins em um talhão.

Esse trabalho é realizado pelo engenheiro florestal da empresa, que capacita e posteriormente monitora a equipe de manejo, conduzindo o trabalho para que apenas as piores árvores sejam cortadas no primeiro desbaste.

Depois de realizado o procedimento do corte, a equipe de manejo separa o fuste comercial para serraria do restante da árvore, que é composto por galhos e fuste mais fino e tortuoso.

O fuste comercial é colocado para secar ao sol antes de ser processado e o restante é particionado em toretes de 1 metro e empilhado no carreador da fazenda para ser vendido como lenha.

A Tropical Flora efetuou a venda desse material para lenha por R$ 45,00/m3, já concretizando o primeiro faturamento de sua floresta de mogno africano. Esse valor é o mesmo pago pela lenha de eucalipto que a empresa cortou na mesma operação.

Já a madeira proveniente do fuste comercial está sendo enviada para laboratórios de pesquisa de madeira parceiros para que seja feita a caracterização técnica com foco na utilização pela indústria moveleira, pisos, construção civil etc. Outros testes importantes são direcionados para secagem da madeira, processamento, acabamento etc., pois só assim a empresa terá dados concretos da utilização dessa madeira jovem de mogno africano, pois ainda não apresenta um grande percentual de cerne.

Mais de 90% dos plantios da empresa foram efetuados com espaçamento de 3x2 metros, que traz 1.666 plantas por hectare. Esse modelo segue a dinâmica da floresta comercial que traz como benefícios o crescimento em altura do fuste, diminui a ocorrência de galhos laterais, ajuda no controle prematuro do mato competição pelo sombreamento do solo e, por fim, traz ganho econômico com a venda da madeira cortada nos desbastes que farão parte do ciclo de produção da floresta.

Poucos plantios de mogno africano no Brasil já estão rendendo receita para o produtor. Por isso, a Tropical Flora tem feito uma grande força para documentar todas as etapas de seu plantio para que isso possa se tornar público e os ganhos financeiros por hectare possam finalmente sair do campo das estimativas para o real.

A empresa continua acreditando que o ciclo de corte final do mogno africano que produzirá o melhor percentual de cerne maduro para o corte vai ocorrer entre 18 e 20 anos de idade, mas dentro desse ciclo os desbastes que devem ocorrer a partir do 6º ano já trarão rentabilidade para os plantios mais adensados.

 

Fonte: Painel Florestal

◄ Leia outras notícias