Publicado em: 13/05/2025 às 16:30hs
A Suzano iniciou 2025 com resultados financeiros expressivos. No primeiro trimestre do ano, a companhia registrou lucro líquido de R$ 6,35 bilhões, um salto significativo em relação aos R$ 220 milhões apurados no mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pela reversão de um resultado financeiro negativo observado no ano anterior e pela valorização do dólar frente ao real.
Lucro líquido impulsionado por resultado financeiro e câmbio favorável
O lucro líquido da Suzano no 1T25 foi fortemente impactado pela melhora no resultado financeiro. Enquanto no mesmo período do ano passado a empresa havia registrado um prejuízo financeiro de R$ 3 bilhões, neste ano a linha fechou com saldo positivo de R$ 7,7 bilhões, reflexo direto da valorização do dólar frente ao real.
A receita líquida da companhia somou R$ 11,55 bilhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi sustentado pelo bom desempenho comercial, mesmo diante de um cenário global mais incerto ao final do trimestre.
O EBITDA ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, excluindo itens não recorrentes – atingiu R$ 4,9 bilhões, alta de 7% na comparação anual. No entanto, em relação ao quarto trimestre de 2024, houve uma retração de 25%.
A Suzano comercializou 3 milhões de toneladas de papel e celulose no trimestre, alta de 12% na comparação anual. Deste total, 2,65 milhões de toneladas correspondem à celulose (crescimento de 10%) e 390 mil toneladas ao papel (avanço de 25%).
Segundo a administração da empresa, os dois primeiros meses de 2025 foram favoráveis para o mercado de celulose, com aumentos de preços implementados em função da limitação de oferta global. No entanto, o ambiente macroeconômico instável no final do trimestre trouxe desafios para a continuidade dessa dinâmica.
A companhia também adotou uma estratégia comercial voltada à recomposição de estoques e faturamento de backlogs, o que impactou negativamente o volume vendido e os preços realizados, resultando na queda do EBITDA ajustado por tonelada em relação ao trimestre anterior.
Na área de papel, o volume de vendas foi afetado pela sazonalidade, mas os preços praticados subiram em relação aos trimestres anterior e ao mesmo período do ano passado. A Suzano também destacou a evolução operacional e comercial dos ativos adquiridos nos Estados Unidos, em outubro de 2024, agora operando sob a marca Suzano Packaging US, em linha com a estratégia global da empresa.
A geração operacional de caixa foi de R$ 2,6 bilhões no 1T25 – uma redução de 36% frente ao 4T24, mas um aumento de 24% na comparação anual. A dívida líquida medida em dólar fechou em US$ 12,9 bilhões, com pagamento de R$ 2,2 bilhões em juros sobre capital próprio. A alavancagem, por sua vez, ficou em 3,0 vezes o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses.
A execução financeira do Projeto Cerrado, localizado em Ribas do Rio Pardo (MS), já teve aproximadamente 97% do capex total desembolsado. Restam ainda R$ 600 milhões a serem pagos ao longo de 2025, marcando a fase final do maior projeto de celulose em curso no Brasil.
Com forte desempenho financeiro e operacional, a Suzano inicia 2025 demonstrando resiliência diante das incertezas do mercado global. O lucro recorde e os avanços em seus projetos estratégicos consolidam a companhia como uma das líderes do setor de papel e celulose no cenário internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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