Publicado em: 16/01/2015 às 10:15hs
O inventário é um levantamento detalhado sobre a quantidade e qualidade das florestas e que está sendo realizado no Paraná em três fases.
Coleta - Desde terça-feira (13/01), técnicos contratados pelo Serviço Florestal Brasileiro estão a campo para visitar áreas públicas e privadas. Eles estão fazendo a coleta de dados e amostras necessárias, devidamente uniformizados e identificados para a realização dessa função. Nesta etapa do trabalho serão analisados 237 pontos.
Apoio no campo– A Secretaria do Meio Ambiente e o IAP pedem o apoio dos produtores rurais das regiões onde está sendo feito o inventário para atendimento das equipes técnicas em suas propriedades. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski, disse que o estudo sobre as florestas paranaenses deverá ser entregue no final de 2015. "Precisamos saber qual é a verdadeira situação e a saúde das nossas florestas para podermos traçar políticas públicas eficazes para sua proteção e também para o uso sustentável", explicou.
Países - Segundo o engenheiro agrônomo do IAP Mauro Scharnik, os Inventários Florestais Nacionais têm sido feitos em diversos países. Alguns deles – como os Estados Unidos, Finlândia e Suécia – iniciaram seus inventários no início do século passado. "No início, os Inventários Florestais Nacionais visavam principalmente o monitoramento de estoques de madeira. Mas, a partir da Rio 92 e do desenvolvimento de novas tecnologias, os levantamentos têm ampliado o seu escopo, valorizando a produção de informação sobre outros temas”, disse.
Andamento – Na primeira das três fases foram coletados dados em 151 pontos das regiões Centro-Sul, Centro Ocidental e Sudoeste do Paraná que somam 1,2 milhão de metros quadrados de floresta. Na terceira fase do inventário, ainda a ser realizada, serão analisados outros 161 pontos. Essa etapa do levantamento acontecerá nas regiões Sudeste, Centro Oriental e Região Metropolitana de Curitiba.
Execução - O Inventário Florestal do Estado é executado pela Secretaria do Meio Ambiente e IAP, em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro. O estudo foi incluído como parte do programa Bioclima Paraná e está analisando 550 pontos e uma área total de 4,3 milhões de metros quadrados de florestas de todo o Estado.
Espécies - Os números apontarão a quantidade de espécies nativas e novas espécies, a qualidade destas espécies, possíveis ameaças de extinção, adequação de políticas públicas e ações de fiscalização necessárias para prevenir a biopirataria.
Projetos - A geógrafa e técnica que coordena o inventário na Secretaria do Meio Ambiente, Gracie Abade Maximiano, afirmou que o documento também será utilizado para a formulação de projetos de desenvolvimento e uso dos recursos florestais. “O trabalho incluirá variáveis biofísicas, que buscam fornecer informações sobre a dinâmica das florestas, assim como dados socioambientais sobre a importância das florestas para a população que vive em seu entorno”, explica a geógrafa.
Produção científica - A conclusão do estudo também trará benefícios para a para a produção científica – fortalecerá a gestão florestal, possibilitará a melhoria do manejo florestal comunitário e familiar e permitirá o uso sustentável dos recursos florestais e a recuperação das florestas.
Segundo Estado - O chefe do Serviço Florestal Brasileiro para a região Sul, Gilson de Souza, disse que o Paraná é o segundo Estado a dar início à produção do inventário, logo após Santa Catarina. "Hoje, 60% do território nacional é coberto por florestas e a meta do Ministério do Meio Ambiente prevê a conclusão de todos os inventários estaduais até 2019", destacou Gilson.
Metodologia – Diferente dos inventários feitos anteriormente no Paraná, que usaram imagens de satélite, este adota escala em tamanho real. O método é usado internacionalmente. É o mesmo utilizado, por exemplo, pela Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO) para fazer um inventário das florestas do mundo todo.
Apoio - A elaboração do Inventário Florestal do Paraná conta com o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e da Universidade Federal do Paraná. A análise da paisagem é feita pela Embrapa Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a identificação do material botânico pelo Museu Botânico de Curitiba.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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