Mercado Florestal

Reunião de segmentos visa incentivar comércio legal de madeira

Conseguir ainda mais crescimento da produção florestal e consequentemente, maior conservação da floresta


Publicado em: 25/11/2013 às 09:35hs

Reunião de segmentos visa incentivar comércio legal de madeira

Com esse objetivo é que ocorreu reunião, esta semana, em Cuiabá, entre representantes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e da ong WWF, Rede Amigos da Amazônia/Fundação Getúlio Vargas (RAA/FGV) e Sindicato da Madeira de São Paulo (Sindimasp).

A reunião ocorre após assinatura, este mês, em São Paulo, do Cipem ao protocolo “Madeira é legal”. O documento tem como meta unir todos os atores do setor florestal num objetivo único que é o de aparar arestas de ilegalidade desde a base até a comercialização final. Sendo assim, o Cipem, que tem como lema “A madeira é nosso negócio e manter a floresta viva é nossa missão”, não poderia ficar de fora já que trabalha com manejo florestal sustentável.

Dê acordo com o presidente do Cipem, Geraldo Bento, a reunião serviu como aproximação das ações de organização do mercado florestal. Dessa forma, o segmento quebra paradigmas ao sentar com ongs e institutos de pesquisa numa linha comum que os leva ao mesmo objetivo comum.

Rafael Murta, representante da RAA/FGV, disse que a entidade trabalha com dois linhas fortes que são o trabalho com o poder público como políticas e produtos de consumo e a outra o mercado de trabalho.

Rafik Saab Filho, do Sindimasp, explicou que a entidade faz parte do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal desde 2008 e, desde então, trabalha em conjunto para viabilizar madeira sustentável na construção civil de São Paulo, que consome 70% da produção amazônica. Portanto, é ideal que essa ponte entre produtor e comprador seja estreitada para evitar compra de madeira que não seja sustentável.

Marcos Lentini, da WWF, afirmou que vê com bons olhos o interesse do setor privado em ver que é possível fazer um trabalho legal. “Estamos tentando entender o setor e sabemos que não está em sua melhor fase, mas vamos ajudar a buscar mecanismos de sustentabilidade e um dos espaços para isso é a Mesa da Madeira, proposta onde estão todos os atores do processo e nela é possível identificar gargalos que impedem o processo”, comentou.

O presidente do Cipem, elencou tudo que a entidade fez até hoje em prol do segmento legal como a edição de cartilhas e a encomenda de pesquisas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Com estes produtos ele disse que agora entende melhor e respeita o setor madeireiro que não é muito compreendido pela sociedade. “Há ilegalidade ainda, mas, com manejo é mais difícil existir isso porque tudo é rastreado. Então esse é o caminho”, finalizou.

Participaram ainda da reunião o superintendente de Gestão e o diretor executivo do Cipem, respectivamente, Ramiro Azambuja e Álvaro Leite e o presidente da Câmara temática de Inovação e Tecnologia do Cipem, Claudinei Freitas e o presidente do Sindusmad, Fernando Pagliari.