Mercado Florestal

Produção de acácia-negra, eucalipto e pínus mantém estabilidade no RS, com manejo focado em toras menores

Florestas plantadas seguem em boas condições fitossanitárias; produtores investem em manejo e comercialização, com destaque para a retomada do pínus e estabilidade do mercado de eucalipto.


Publicado em: 28/10/2025 às 18:20hs

Produção de acácia-negra, eucalipto e pínus mantém estabilidade no RS, com manejo focado em toras menores
Foto: Fernando Dias
Produção florestal se mantém estável no Rio Grande do Sul

A produção de acácia-negra, eucalipto e pínus segue estável no Rio Grande do Sul, com bom desempenho das florestas e continuidade das atividades de manejo e comercialização. As informações constam no Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (23) pela Emater/RS-Ascar, que destaca o bom estado fitossanitário das culturas em diferentes regiões do Estado.

Acácia-negra garante renda extra e tem boa demanda

Na região administrativa de Caxias do Sul, a acácia-negra apresenta bom desenvolvimento e manutenção das práticas de controle de formigas, especialmente em áreas recém-colhidas ou de novo plantio.

O boletim da Emater/RS-Ascar ressalta que a produção tem diversas destinações, como lenha vendida diretamente a consumidores, hotéis, indústrias, padarias e restaurantes, além do uso na produção de carvão vegetal. Para muitos agricultores familiares, a acácia-negra representa uma reserva financeira importante, ajudando a complementar a renda ao longo do ano.

Eucalipto mantém preços e atividades de manejo

O cultivo de eucalipto também permanece estável na região de Caxias do Sul, com demanda constante pela matéria-prima. As atividades de corte, empilhamento e comercialização de toras e subprodutos, como lenha, seguem em ritmo normal.

Os preços pagos aos produtores variam conforme a localização dos plantios, o grau de dificuldade na extração e o diâmetro da madeira. Na região de Frederico Westphalen, os produtores realizam adubação, preparo de solo e controle de formigas e plantas daninhas, com lavouras em boas condições sanitárias.

Em Passo Fundo, a madeira de eucalipto destinada a serrarias é comercializada a R$ 300,00 por metro cúbico, enquanto a lenha entregue à indústria tem preço médio de R$ 140,00 por metro estéreo.

Pínus retoma manejo com foco em toras menores

O cultivo de pínus apresenta condições satisfatórias em todo o Estado, com destaque para a retomada do manejo voltado à produção de toras de menor diâmetro. Na região de Caxias do Sul, a madeira é utilizada na fabricação de chapas, compensados, móveis, pallets, laminados e materiais para construção civil.

Segundo o boletim da Emater/RS-Ascar, o manejo seletivo com desrama e desbaste tem ganhado espaço entre os produtores, embora ainda predomine o corte raso, voltado à obtenção de toras mais grossas.

Contudo, em algumas áreas, os plantios colhidos não estão sendo reimplantados, dando lugar a cultivos anuais e perenes, o que pode afetar a reposição florestal no médio prazo.

Replantio de pínus é limitado e resinagem segue em ritmo lento

Na região de Passo Fundo, a colheita de pínus com corte raso continua em andamento, mas o replantio é baixo, e as áreas liberadas vêm sendo convertidas para outras culturas agrícolas. A coleta de resina, por sua vez, ocorre de forma lenta e restrita a florestas já resinadas, sem novas áreas destinadas à atividade.

Mesmo com essa redução no ritmo de replantio, o setor florestal gaúcho mantém estabilidade produtiva, sustentado pelo bom manejo e pela qualidade da madeira produzida no Estado.

Fonte: Portal do Agronegócio

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