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Pioneirismo em Minas: programa gestão avançada da suinocultura apresenta seus primeiros resultados

No último dia 21, cerca de 50 pessoas estiveram reunidas no Center Patos Hotel para conhecerem os resultados iniciais do Programa de Gestão Avançada da Suinocultura que vem acontecendo de forma inovadora na região do Triângulo e Alto Paranaíba


Publicado em: 29/08/2012 às 13:20hs

Pioneirismo em Minas: programa gestão avançada da suinocultura apresenta seus primeiros resultados

Este projeto ocorre através da junção de esforços do Sebrae Minas e do Frigorífico Suinco e conta com o apoio das entidades que integram o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) na região, sendo elas:  Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Astap), Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

O Programa Gestão Avançada da Suinocultura surgiu de uma necessidade de oferecer ferramentas econômicas precisas, que permitissem a tomada de decisão dos suinocultores em relação ao seu negócio. “A Suinco, por meio do seu programa de Gestão Integrada da Suinocultura, já elabora periodicamente relatórios técnicos relativos à produtividade das granjas. Entretanto, faltava associar a este projeto, os índices econômicos que juntamente com os zootécnicos pudessem fornecer análises completas e assertivas em relação à sustentabilidade de cada granja. No meu caso por exemplo, os dados zootécnicos apontaram para um norte e os financeiros para outro, o que me mostra onde eu preciso repensar e trabalhar melhor para que produtividade e lucratividade estejam no mesmo patamar”,comentou Ricardo Bartholo, conselheiro da Suinco, diretor da Astap e participante do projeto.

“Para apresentarmos dados como: Produção média de carne/funcionário/mês (Kg/func./mês); Gasto com ração/Receita Bruta da atividade (%); Custo Total/Kg de cevado (R$/Kg); Gasto com Mão de Obra/Receita Bruta da atividade (%); Taxa de retorno do capital investido (% a.a.); Lucro por matriz (R$/Cab.); Gasto com ração/Produção anual de carne (R$/Kg) convidamos os envolvidos no Programa de Gestão Avançada da Suinocultura e demais participantes da cadeia e percebemos surpresa em todos eles ao conhecerem os números apurados. O projeto sem sombra de dúvidas veio para somar” disse Carlos Lanna Júnior, superintendente da Suinco.

"A disparidade dos números entre uma granja e outra em relação a um determinado índice econômico nos chamou a atenção durante a apresentação, mas isto é apenas uma fotografia, um retrato de como estava cada granja participante no período entre maio de 2011 e abril de 2012. O que importa mesmo é analisar os melhores índices apresentados pelo programa, comparar com os obtidos por cada participante e buscar as melhores práticas que vão conduzi-los a um desempenho superior", comentou o vice-presidente da Asemg, José Arnaldo Cardoso Penna.

Para a execução do projeto, o processo de coleta de dados foi feito por meio do levantamento do fluxo de caixa dos últimos 12 meses das granjas, do inventário relativo à atividade (equipamentos e maquinários, benfeitorias), funcionários envolvidos na atividade, entre outros. Em um diagnóstico inicial, o Sebrae-MG levantou informações de cada uma das 19 propriedades participantes do projeto. “Uma das questões que queríamos responder era por que alguns produtores conseguem ganhar dinheiro na atividade e outros não, uma vez que estão na mesma região e, em tese, têm as mesmas dificuldades”, explica Matheus da Silva, consultor co-responsável pelo programa.

As próximas etapas serão as consultorias in loco. Neste momento, a equipe técnica da Suinco juntamente com os consultores do Sebrae-MG, visitarão cada granja participante discutindo qual foi o componente de maior participação no seu custo, buscando uma forma de reduzi-lo e diagnosticando pontos fortes que merecem maior investimento.  Dessa forma, agora iniciará o maior desafio do projeto pois serão traçados os planos de trabalho específicos para cada granja. “Sabemos que as grandes flutuações mercadológicas tem representado um grande desafio ao fluxo de caixa das granjas. Como a formação do custo de produção envolve fatores “fora da porteira” onde os produtores são tomadores de preço, como o mercado de insumos e comoditties, cabe aos suinocultores serem muito eficientes e altamente produtivos “dentro da porteira”. É nesse contexto que nós da Suinco juntamente com o Sebrae ofereceremos todo o suporte necessário para que os produtores alcancem o máximo de sua eficiência econômica” disse Eduardo Coulaud gerente
técnico da Suinco.

Segundo Marcos Geraldo Alves, analista técnico do Sebrae e responsável pelo PNDS na região, foi proposto aos produtores a adoção de indicadores técnicos e financeiros padronizados para o melhor controle gerencial de cada granja e a partir de agora o envolvimento dos mesmos com o projeto será imprescindível, pois uma vez estabelecidos os índices, será necessário um trabalho árduo e conjunto do produtor e seus colaboradores na busca pelas  metas econômicas preestabelecidas.  “Estamos propondo que eles sejam mais eficientes e competitivos, independentemente do contexto macroeconômico”, complementou o analista do Sebrae.

O PNDS apóia este programa que já é considerado uma das melhores ações realizadas pelo projeto no Estado. "Com o apoio de todos, o PNDS vem cumprindo seu papel que está ligado ao desenvolvimento da suinocultura nos três elos da cadeia. Na parte de produção, juntamente com Astap e Sebrae desenvolvemos trabalhos ligados à qualidade total, começamos ainda no primeiro semestre a parceria com o Senar para atuar na questão do manejo e produção de suínos e agora fechamos este ciclo com chave de ouro ao apoiarmos este programa " pontuou Sabrina Cardoso, gestora da ASEMG e do PNDS em Minas.

De acordo com Cléber Rosa Magalhães, gerente administrativo da Suinco, o Programa de Gestão Avançada da Suinocultura conta com  19 granjas participantes, amostragem esta que abrange em torno de 25 mil matrizes, 58 mil animais abatidos/mês, 5, 8 milhões de kg de carne/mês e 700 colaboradores diretos.

"Esta amostragem ampla, confiável e comprometida é que dará sustentação ao sucesso deste projeto piloto. Esperamos levá-lo para outros pólos suinícolas", disse Lívia Machado, coordenadora do PNDS Nacional.

Fonte: abc Comunicação

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