Publicado em: 13/03/2015 às 18:30hs
Terceira maior fabricante brasileira de papel-cartão, atrás de Klabin e Suzano Papel e Celulose, a paranaense Ibema vai ampliar a participação das exportações em suas vendas se o mercado doméstico não reagir nos próximos meses. Em 2014, 25% da produção de 90 mil toneladas foi direcionada a clientes no exterior e, neste ano, essa fatia poderá chegar a 30%.
A Suzano também já indicou que vai direcionar ao mercado externo o excedente de papel produzido em suas fábricas no país, após vendas “muito fracas” em janeiro e fevereiro. Além de cartões, a companhia fabrica papéis de imprimir e escrever, duas categorias que registraram retração em janeiro.
De acordo com a Suzano, os números do primeiro trimestre ainda não devem refletir essa estratégia, por conta dos prazos mais longos inerentes à exportação.
Na Klabin, por sua vez, diante do mix de produtos e de mercados atendidos, tem flexibilidade para direcionar sua produção conforme as condições mais favoráveis.
Internacionalmente, a aposta da Ibema, é a Colômbia, país cuja economia tem crescido a taxas superiores às dos vizinhos latino-americanos e que consome, por ano, 100 mil toneladas de papel-cartão. A meta da fabricante paranaense é vender aos colombianos 2 mil toneladas anuais de cartões, abocanhando 2% do mercado local.
“A Colômbia está nos surpreendendo. Nossos produtos foram bem recebidos e estamos atendendo basicamente a gráficas”, ressalta. Para levar seus cartões ao mercado colombiano, a Ibema definiu um plano de acesso marítimo – o fato de o país ter acesso tanto pelo Pacífico e quanto o Atlântico facilita a chegada de produtos de todo o mundo.
A Argentina, porém, deve seguir como mercado mais relevante da Ibema fora do Brasil, responsável por 55% das exportações. No ano passado, a crise econômica argentina reduziu em 8% a 10% os embarques da Ibema para a Argentina, conta Grandi. No ano passado, as exportações brasileiras de cartões, em volume, caíram cerca de 10% frente a 2013.
Fonte: Guia Marítimo
◄ Leia outras notícias