Publicado em: 26/09/2014 às 17:20hs
Thiago Maragno, diretor da Arbora, iniciou o ciclo de palestras no 10º Dia de Campo Florestal, afirmando que a nova lei florestal tem aplicações diferenciadas de acordo com a região do País e, dentro da propriedade rural, levando-se em consideração com os módulos fiscal e rural para o imóvel rural. Deu definições atualizadas sobre nascente, leito regular, área úmida, sistema agroflorestal e área de uso restrito.
De acordo com Maragno, os produtores precisam dar ênfase às áreas de preservação permanente (APP) e lembrou que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) precisa ser feito até maio do próximo ano. “Os produtores rurais precisam reflorestar e isso vai ocorrer de acordo com o tamanho do imóvel rural. É preciso saber os detalhes para que se possa fazer os projetos licenciamento ambiental e, a partir daí, a recomposição da APP e reserva legal”, detalhou Maragno.
Entre os benefícios do novo Código Florestal, Maragno enfatizou a preservação e a recuperação da vegetação, com pagamento como retribuição às atividades de sequestro de carbono, conservação da biodiversidade do solo e manutenção das APPs e reserva legal. A Arbora faz parte do Grupo Multifloresta e realiza projetos de Licenciamento Ambiental, o que inclui os plantios de nativas e de florestal comercial.
Guto Freitas, da Apoio Florestal, outra empresa do Grupo Multifloresta, destacou as opções viáveis para investimentos florestais em propriedades rurais. Ele começou fornecendo detalhes do eucalipto, que com seis anos pode ser usado para celulose e de oito a 14 para as serrarias. Neste período, o produtor rural fará desbaste, aproveitando todas as etapas, com a madeira de tronco mais fino sendo usada como biomassa para a geração de energia.
Segundo Freitas, há florestas experimentais que terão múltiplas utilidades. Na área de madeira nobre, o mogno africano e o cedro australiano darão bons negócios, mesmo sendo de longo prazo, com o primeiro desbaste a partir dos 8 anos e com o corte final podendo chegar até 25 anos. Normalmente são de 500 a 625 árvores por hectares. No caso do mogno africano, pode-se plantar em quase todo o Brasil – menos na região sul – e em solos argilosos.
Já no caso do cedro australiano, o Grupo Multifloresta, por meio das empresas Apoio Florestal e Mudas da Mata, fez uma parceria com a Bela Vista Florestal – maior empresa do setor em termos de pesquisa e qualidade da madeira. A Bela Vista fica localizada em Campo Belo, no Estado de Minas Gerais. “A Bela Vista tem o melhor cedro do País e o corte pode ser feito com 15 anos e desbaste aos oito. Nas madeiras nobres, os investimentos por hectare podem chegar a R$ 20 mil e com a expectativa de lucro de R$ 160 mil”, destacou Freitas.
O programa ABC já oferece financiamentos de até 15 anos, com carência de oito e encargos de 5% ao ano. Os valores podem chegar até R$ 3 milhões e a quase todas as espécies já têm seguros florestais. “Está atrativo investir em floresta no Brasil. Os próximos anos serão muito bons para os pequenos produtores”, frisou Freitas.
Fonte: Painel Florestal
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