Publicado em: 12/05/2025 às 18:20hs
De acordo com o levantamento da Emater/RS-Ascar, a região administrativa de Passo Fundo vive um cenário de escassez de matéria-prima madeirável. A implantação de novas áreas florestais praticamente não ocorre no território, sendo que a produção atual depende de bosques antigos, plantados ainda na primeira década dos anos 2000. Estas áreas estão em estágio avançado de colheita, o que limita ainda mais a disponibilidade de madeira para uso industrial ou energético.
Diante da baixa oferta interna, a importação de madeira tem se mostrado uma saída para suprir a demanda, especialmente no segmento de geração de energia. A medida busca compensar a ausência de novos plantios e o envelhecimento das áreas em produção, que não conseguem mais atender à crescente necessidade do setor.
Na região de Frederico Westphalen, a situação é diferente. As atividades de manejo florestal seguem em curso, com foco na manutenção e desenvolvimento das áreas plantadas. Entre os trabalhos realizados estão o preparo do solo, o plantio de mudas, o controle de formigas cortadeiras, a adubação e o controle de plantas daninhas.
Nas florestas com 2 a 3 anos de idade, está sendo feita a poda das árvores para melhorar a qualidade da madeira produzida. Já nas áreas mais maduras, com 6 a 7 anos, ocorre o desbaste — técnica que consiste na retirada de algumas árvores para permitir que as remanescentes se desenvolvam melhor e ganhem maior valor comercial na colheita futura.
A diferença entre as regiões de Passo Fundo e Frederico Westphalen revela realidades distintas dentro do setor florestal gaúcho. Enquanto a primeira lida com a escassez de madeira e a necessidade de importações, a segunda investe em técnicas de manejo que garantem a continuidade da produção. O cenário evidencia a importância de políticas e incentivos para a renovação das áreas florestais e o fortalecimento da cadeia produtiva da madeira no estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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