A teca é uma árvore da família Verbenaceae com alto valor comercial, sendo seu principal produto a madeira. Muito utilizada na carpintaria, na marcenaria e na indústria da construção naval, onde é de extrema importância por resistir ao sol, ao clima e à água das chuvas e do mar, o m³ da teca pode chegar à casa das dezenas de milhares de dólares.

“Estimamos que a extensão das plantações brasileiras seja entre 50 a 70 mil hectares”, comenta Luís Flávio Veit da Cáceres Florestal, empresa que iniciou o plantio de teca no Brasil. “Com exceção da nossa, as demais plantações brasileiras ainda são muito jovens e a maior parte da madeira colhida é produto do desbaste ou raleamento”, explicou Luís.

Por sua beleza, resistência e durabilidade, a espécie se tornou uma das mais valiosas do mundo e é muito procurada na Europa com seu preço sendo superior ao do mogno, principalmente por ser cultivada apenas em regiões tropicais. A planta é nativa das florestas do sudeste asiático, principalmente na Índia, Burma, Tailândia e Laos.

“A teca é madeira de uso geral, serve para praticamente tudo” diz Luís que explica que o elevado valor alcançado pela madeira no mercado internacional decorre de sua estabilidade e sua durabilidade, mesmo quando exposta ao tempo.

No Brasil a produção de teca iniciou na década de 1960 em Cáceres, no Mato Grosso e se mostrou extremamente viável. Aqui o ciclo de corte da planta é de 25 anos, sendo que em outros lugares do mundo varia entre 60 e 80 anos, uma diferença considerável.

Um dos fatores que mais contribuem para a produção de uma madeira de qualidade no Mato Grosso é o clima. Precisa de uma precipitação anual que fique entre 1200 e 2500mm e de um período seco de três a cinco meses, sendo esse período o determinante na qualidade da madeira.

De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento o período seco ocorre entre maio e setembro sendo entre junho e agosto o tempo mais seco, com média de chuva inferior a 25mm. As precipitações aumentam ao longo da primavera e diminuem ao longo do outono. O verão é o ápice da chuva, podendo chegar a médias entre 300 e 400mm nos meses de janeiro e fevereiro. A tendência a partir de maio é a diminuição e até mesmo a parada da chuva.