Publicado em: 09/07/2025 às 12:30hs
Minas Gerais consolidou-se como o segundo maior estado do país em potência instalada de energia solar residencial e comercial, atingindo 4,8 gigawatts (GW) de geração própria em telhados e pequenos terrenos, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
O estado conta com mais de 363 mil conexões ativas em 853 municípios — todos os municípios mineiros — atendendo mais de 919 mil consumidores em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Esse cenário garante redução na conta de luz, maior autonomia e segurança no fornecimento elétrico.
Desde 2012, a energia solar distribuída atraiu R$ 23,6 bilhões em investimentos para Minas Gerais, gerou mais de 145 mil empregos e contribuiu com R$ 7,1 bilhões em arrecadação tributária para os cofres públicos.
A ABSOLAR defende a criação e expansão de programas e incentivos locais para impulsionar o uso da energia solar, como a instalação de sistemas fotovoltaicos em prédios públicos, habitações populares e iniciativas de universalização do acesso à eletricidade.
A entidade destaca a importância da Medida Provisória nº 1300/2025, em tramitação no Congresso Nacional, para superar os desafios enfrentados pela geração distribuída renovável. Um dos principais entraves são as frequentes negativas das distribuidoras para conexão de novos sistemas, justificadas pela suposta “inversão de fluxo de potência”, sem comprovação técnica adequada.
A ABSOLAR também solicita que a MP proíba qualquer tipo de tratamento discriminatório contra consumidores do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). Bruno Catta Preta, coordenador da ABSOLAR em Minas Gerais, ressalta o amplo apoio popular à geração distribuída, citando pesquisas que indicam que 9 em cada 10 brasileiros desejam produzir sua própria energia limpa.
Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, reforça o compromisso da entidade em colaborar com o Congresso para aprimorar a reforma do setor elétrico, buscando justiça tarifária, liberdade para o consumidor, equilíbrio setorial e o avanço da transição energética sustentável no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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