Publicado em: 05/06/2025 às 13:30hs
O setor de transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa (GEE). Entre as diversas modalidades, a aviação comercial se destaca com cerca de 5% das emissões globais, enquanto o setor hidroviário contribui com menos de 2%, segundo dados do SEEG (2025).
Nos últimos anos, a descarbonização da matriz de transportes tornou-se um tema prioritário nas discussões globais sobre sustentabilidade. A adoção de fontes renováveis como etanol, biodiesel, HVO (óleo vegetal hidrotratado), combustível de navegação e especialmente o SAF (Sustainable Aviation Fuel) surge como caminho viável para reduzir a pegada de carbono do setor.
Atenta a esse cenário, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), por meio do seu Comitê de Agroenergia e em parceria com empresas associadas, elaborou uma publicação técnica voltada ao desenvolvimento do SAF no país. O material reúne dados, análises e cenários que reforçam o potencial do Brasil em liderar a produção desse biocombustível, posicionando-o estrategicamente no mercado global.
O crescimento do setor aéreo impulsiona a demanda por querosene de aviação, ainda amplamente utilizado. Esse aumento é resultado da expansão do tráfego aéreo, movido por fatores como a globalização, o processo de urbanização e o aumento da classe média, especialmente na Ásia e na América Latina.
Com estimativas que indicam a duplicação do tráfego de aeronaves nas próximas duas décadas, a tendência é de que o consumo de combustíveis fósseis também cresça — o que acende o alerta para a necessidade urgente de substituição por alternativas mais limpas.
Para mitigar os impactos ambientais desse avanço, o combustível sustentável de aviação (SAF) é apontado como uma das principais soluções. O sucesso dessa transição depende da inovação tecnológica e da implementação de políticas públicas eficazes, que favoreçam o uso de renováveis na aviação.
Para que o SAF produzido no Brasil tenha reconhecimento global e competitividade nos mercados internacionais, é essencial que a regulamentação nacional esteja alinhada com os principais selos de certificação internacionais.
Esse alinhamento é crucial para garantir:
A adoção desses critérios permitirá que o Brasil se destaque como fornecedor estratégico de SAF, contribuindo de forma efetiva para a sustentabilidade do setor aéreo global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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