Apesar de ser uma das principais fontes de renda dos produtores norte-americanos, o uso do cereal como combustível ainda não faz parte da realidade brasileira. Mas o frete caro, excesso de cereal no mercado, problemas na logística e ociosidade das usinas de cana-de-açúcar na entressafra são alguns dos incentivos para os produtores investirem na produção. “Discutir a produção de etanol de milho é discutir a sustentabilidade da cadeia. Ao invés de simplesmente exportar cereal barato a um frete maior que o custo do produto poderíamos produzir etanol, agregando valor aqui dentro do Brasil”, afirma Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil, entidade realizadora do evento.

O evento vai abordar temas como as tecnologias existentes e os subprodutos gerados, as perspectivas de mercado e a viabilidade econômica da produção de etanol de milho. Também serão discutidas com a presença de parlamentares e dos secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Ministério de Minas e Energia (MME) as políticas públicas direcionadas para o setor. Além desses aspectos, o 1° Fórum Brasileiro de Etanol de Milho também vai apresentar um exemplo de sucesso da Usimat, primeira usina flex do Brasil. Instalada em Campos de Júlio, noroeste de Mato Grosso, a usina pioneira produz combustível a partir da cana-de-açúcar e, na entressafra, também tem capacidade para produzir etanol derivado de milho em escala comercial. Além da Usimat, existem outros nove projetos em andamento somente em Mato Grosso.

O fórum é uma realização da Aprosoja Brasil em parceria com a Aprosoja MT.