Publicado em: 24/06/2025 às 18:00hs
Em maio, os preços do etanol caíram 4,3%, chegando a R$ 2,69 por litro (sem impostos) em Paulínia (SP). Essa redução refletiu a maior produção de etanol à base de cana-de-açúcar, com o ritmo de moagem voltando ao normal para o período após um abril mais lento. O aumento sazonal da produção deve se estender até agosto, mantendo a pressão sobre os preços do etanol nos próximos meses.
Segundo dados da UNICA, as vendas domésticas de etanol hidratado no Centro-Sul do Brasil em maio de 2025 totalizaram 1,82 bilhão de litros, uma queda de 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar da redução no volume, o preço médio do etanol hidratado subiu 15% na comparação anual, passando de R$ 2,42/L em maio de 2024 para R$ 2,78/L em maio de 2025. Esse aumento foi parcialmente influenciado pela alta de 7% no preço da gasolina vendida nas refinarias no mesmo período. No entanto, a Petrobras reduziu em 5,6% o preço da gasolina nas refinarias no dia 2 de junho.
A previsão para a produção total de etanol na safra 2025/26 indica uma queda de 6% em relação à safra anterior. Embora o etanol de milho deva crescer 17%, a produção de etanol à base de cana deve recuar 14%. Nesse cenário, estima-se uma redução de 6% no consumo total de etanol ao longo do ano, com o etanol hidratado apresentando queda de 12% e o etanol anidro de 4%. Essa diminuição deve ocorrer após o pico de produção do etanol de cana, previsto para agosto.
Espera-se que o consumo de etanol hidratado entre abril e agosto de 2025 caia 4% na comparação anual, e que a queda seja mais acentuada, de 18%, entre setembro e março. Caso essas estimativas se confirmem, será necessário um aumento nos preços relativos para conter a demanda.
De acordo com o relatório, o mercado de etanol brasileiro enfrenta duas realidades distintas. No curto prazo, o preço deve seguir pressionado pelo aumento da oferta. Já para toda a safra 2025/26, a expectativa é de que a média da relação entre os preços do etanol e da gasolina nas bombas do estado de São Paulo suba de 67% na safra 2024/25 para 72%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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