De acordo com os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) divulgados na sexta-feira (9), o preço do etanol hidratado saiu de R$ 1,0893 para R$ 1,0844 o litro na semana, retração de 0,45%. Já o litro do etanol anidro, misturado em 25% à gasolina, saiu cotado a R$ 1,2424 o litro, desvalorização de 1,91% se comparado à última cotação de R$ 1,2662 na semana do dia 29 de julho a 2 de agosto.

O indicador diário Esalq/BVMF registrou uma alta no preço do etanol hidratado nesta sexta-feira (9). O biocombustível foi negociado pelas usinas paulistas a R$ 1.016,50 o metro cúbico, uma variação positiva de 0,10% ante os R$ 1.015,50 o metro cúbico da quinta-feira (8).

Segundo análise da Archer Consulting, divulgada no sábado (10), o crescimento médio do consumo de combustíveis no Brasil foi de 6,88%. "Se projetarmos esse mesmo crescimento para os próximos 5 anos e assumirmos que o consumo de gasolina C fosse ligeiramente menor (digamos 5%) abrindo espaço para a utilização de mais etanol, chegaríamos na safra 2018/19 com um consumo adicional acumulado nesses cinco anos de 132 bilhões de litros de etanol (média de 26 bilhões por ano), precisando moer naquela safra pelo menos 720 milhões de toneladas de cana", afirmou o diretor da consultoria, Arnaldo Luiz Corrêa.

Também de acordo com o diretor, o contrato futuro de etanol hidratado na BM&F Bovespa continua minguando, negociando pouquíssimos lotes e apresentando uma posição em aberto de menos de 4.000 contratos. "O número de contratos negociados em bases diárias também é irrisório. Os traders e a própria bolsa tentam tirar água de pedra e sofrem igualmente pela falta de transparência na formação de preço do etanol por parte do governo", explicou Corrêa.