Estudiosos da Universidade de São Paulo –SP e da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp explanaram sobre os benefícios que o etanol trás para a economia, o meio ambiente e a saúde da população.

Dados apresentados mostram que o país tem atualmente um gasto adicional de R$ 430 milhões anuais nas despesas com saúde pública devido ao alto nível de uso da gasolina. Caso esses carros rodassem utilizando gasolina aditivada com 25% de etanol, esse valor investido na saúde da população cairia para R$ 280 milhões.

Na atual safa de 2013/2014 o Produto Interno Bruto do setor somou mais de R$ 94 bilhões, o que representa um valor maior do que o PIB de mais de 100 países. Se analisar a movimentação do setor que foi superior a R$ 230 bilhoes, significa que o etanol tem uma expressiva participação na economia, além de gerar mais de três milhões de empregos direta e indiretamente.

“Mesmo com todos esses dados mostrando a força que o etanol exerce na economia, o setor enfrenta uma grande crise que faz com que o Brasil perca sua liderança na produção mundial. Está mais do que comprovado a eficiência do etanol, o que precisa é que o governo enxergue para não aumentar as perdas para o país”, disse Nilson Leitão.

A falta de políticas públicas na área fez com o Brasil fechasse as portas de mais de 40 usinas entre 2008 e 2014, causando desemprego e queda na arrecadação dos municípios produtores. Além disso, o governo desonerou a gasolina dos tributos fazendo com que o etanol perdesse sua competitividade perante a gasolina.

A Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético ainda irá promover outras sessões na comissão para continuar analisando a crise do etanol no Brasil. “O Brasil tá indo na contramão do que se espera para um país desenvolvido. O governo toma iniciativa para beneficiar a gasolina ao invés do etanol. Era preciso mudanças para reduzir o uso de combustíveis fósseis, como outros países fazem aplicando estudos em busca de melhorias”, expõe Leitão.