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Gigantes do Setor de Etanol Apostam em Hub Tecnológico para Inovação, Eficiência e Sustentabilidade nas Biorrefinarias

Biotecnologia e diversificação são as chaves para o aumento de produtividade e redução de custos no setor


Publicado em: 27/11/2024 às 10:00hs

Gigantes do Setor de Etanol Apostam em Hub Tecnológico para Inovação, Eficiência e Sustentabilidade nas Biorrefinarias

Com a recente aprovação do plano federal que prevê o aumento dos índices de etanol nos combustíveis, o setor sucroenergético já projeta novas estratégias para elevar a produtividade e reduzir custos. O plano "Combustíveis do Futuro", aprovado no mês passado, deverá demandar R$ 130 bilhões em investimentos, conforme estimativa da Unica, sendo uma parte significativa direcionada para ganhos de eficiência.

Para atingir essas metas, um dos caminhos encontrados pelo setor é o compartilhamento de tecnologia e informações entre grandes empresas. Gigantes como Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS), Raízen, Braskem, BP Bioenergy, Cerradinho Bio, Tereos, São Martinho, Inpasa e Atvos estão se unindo para discutir como a biotecnologia pode ser utilizada para melhorar a performance das biorrefinarias e expandir os horizontes da produção de biocombustíveis.

A LBDS, maior empresa mundial no setor de biotecnologia de enzimas e leveduras, lidera o encontro. A empresa disponibilizará especialistas técnicos e cientistas para compartilhar os mais recentes avanços na aplicação de soluções biotecnológicas, capazes de aumentar tanto a produtividade quanto a lucratividade das biorrefinarias no Brasil, além de contribuir para a redução das emissões do setor.

De acordo com estudos da LBDS, a redução do desperdício de matérias-primas e a melhoria na conversão dos substratos são fundamentais para alcançar uma produção de biocombustíveis sustentável e rentável. A utilização de leveduras biotecnológicas, por exemplo, pode gerar um aumento de 2 a 6% no volume de produção de etanol, aumentar as receitas do setor em mais de R$ 1 bilhão e reduzir as emissões em até 25%. Além disso, essas leveduras são essenciais para o desenvolvimento do etanol de segunda geração (etanol 2G), produzido a partir de biomassa.

A Raízen, em recente anúncio, destacou uma parceria para implantar uma biorrefinaria que utilizará lignina, um polímero presente no bagaço da cana-de-açúcar. O avanço das tecnologias de fermentação será crucial para a viabilização desse projeto, uma vez que a conversão do bagaço em etanol depende do uso de enzimas e leveduras biotecnológicas.

“A biotecnologia no processo de fermentação traz ganhos exponenciais para as biorrefinarias, além de reduzir as emissões. Nosso objetivo é criar um hub de empresas no Brasil que esteja na vanguarda da discussão de tecnologias capazes de acelerar a produtividade dos biocombustíveis e bioquímicos sustentáveis”, afirma Fernanda Firmino, gestora de negócios da LBDS no Brasil.

O encontro, denominado "Biofuels Academy Brasil" (BFA), reunirá especialistas em biorrefinarias de milho, cana-de-açúcar e etanol de segunda geração para debater a otimização de processos fermentativos, controle de contaminação, produção de etanol 2G, maximização de rendimento e diversificação das biorrefinarias para além da produção de etanol. O evento, que promete ser o maior do setor no Brasil, ocorrerá em Campinas (SP), nos dias 4 e 5 de dezembro.

Fonte: Portal do Agronegócio

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