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Etanol de trigo: inovação energética ganha força no Sul do Brasil

Investimento de R$ 100 milhões impulsiona produção sustentável e geração de empregos


Publicado em: 13/08/2025 às 16:00hs

Etanol de trigo: inovação energética ganha força no Sul do Brasil
Etanol de trigo como alternativa sustentável ao combustível fóssil

Com a crescente demanda por fontes renováveis e menos poluentes, o etanol produzido a partir do trigo surge como uma solução inovadora no Brasil. Diferente do tradicional etanol de cana-de-açúcar, que enfrenta limitações em regiões com clima menos favorável, o trigo se destaca especialmente no Sul do país. Além disso, o processo aproveita resíduos e subprodutos do trigo que normalmente são descartados após o processamento para alimentos.

Primeira usina de etanol de trigo do Brasil começa operações no Rio Grande do Sul

Localizada em Santiago (RS), a primeira usina brasileira dedicada exclusivamente à produção de etanol de trigo está prestes a iniciar suas atividades. Com um aporte de R$ 100 milhões, o projeto deve gerar cerca de 120 empregos diretos e indiretos, além de fortalecer a economia local ao agregar valor à cadeia produtiva do trigo na região.

Pesquisa e biotecnologia garantem eficiência e inovação

O desenvolvimento da usina envolveu um intenso trabalho de pesquisa que durou três anos e meio, com a análise de mais de 150 variedades de trigo cultivadas no estado. O uso de biotecnologia é um dos diferenciais do projeto, incluindo a aplicação de enzimas que diminuem a viscosidade do trigo e leveduras adaptadas que aumentam a eficiência da fermentação, elevando o rendimento industrial do etanol.

Produção estimada e contribuição para matriz energética renovável

A usina terá capacidade anual de produção de 34 milhões de litros de etanol hidratado. Com as tecnologias empregadas, a produção pode ser ampliada em até 1,5 milhão de litros por ano. Essa iniciativa contribui para diversificar a matriz energética renovável do país e fomenta um modelo de economia circular no campo.

Entenda a tecnologia por trás do processo

Mario Cacho, diretor de vendas da IFF, explica que “as enzimas ajudam a reduzir a viscosidade do trigo, que poderia comprometer a qualidade e a eficiência da matéria-prima na produção do etanol”. Ele destaca ainda que “as leveduras garantem a flexibilidade do processo, permitindo o uso eficiente de diferentes variedades de trigo. Essa adaptabilidade possibilita um aumento do rendimento industrial do trigo para etanol em até 4,5%.”

Fonte: Portal do Agronegócio

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