Etanol

Etanol celulósico produzido em escala comercial já é realidade na flórida

A comercialização em larga escala de etanol celulósico tem potencial para despontar de uma vez no mercado internacional


Publicado em: 08/08/2013 às 11:30hs

Etanol celulósico produzido em escala comercial já é realidade na flórida

O comentário é do consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, ao avaliar o início da produção de etanol celulósico em escala comercial por uma das maiores empresas do se tor químico do mundo, a multinacional INEOS Group, em sua usina no Indian River Bioenergy Center, na cidade de Vero Beach, no estado americano da Flórida.

“Estamos falando na produção de oito milhões de galões de etanol celulósico ao ano, ou seja, 30 milhões de litros, o que representa um volume relativamente pequeno, porém um importante estímulo por se ver essa tecnologia funcionando além do processo experimental e tornando-se efetivamente realidade para o consumidor final,” explica Szwarc.

Com investimento superior a US$ 130 milhões, a infraestrutura da unidade permite gerar também seis megawatts de energia elétrica renovável ao ano. A produção deste etanol celulósico consiste no processo de gaseificação e fermentação, que transforma resíduos de biomassa (vegetais e madeira) no biocombustível e energia. O primeiro carregamento de etanol está programado para acontecer ainda neste mês de agosto.

O etanol de segunda geração produzido pela INEOS na Flórida deve marcar também o início da produção de etanol celulósico que atende às exigências do programa americano que regula a produção e o consumo de biocombustíveis naquele país, conhecido como Renewable Fuel Standard, ou RFS-2. Por isso o INEOS Group está trabalhando com outras companhias e até outras cidades que estejam interessadas em investir na nova tecnologia, sediando instalações similares ao Indian River Bioenergy Center.

Tudo o que vimos até agora mostra o quão viável economicamente é a tecnologia de produção do etanol celulósico. Estamos convencidos de que a utilização de resíduos de biomassa contribui para o fornecimento de combustíveis renováveis e energia a preços acessíveis, além de criar empregos,” enfatiza o CEO mundial da INEOS Bio, Peter Williams.

Fonte: UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar

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