Cuba poderia ser o terceiro maior produtor mundial de álcool combustível, atrás apenas do EUA e Brasil, acredita Dr. Peter Baron, diretor executivo da ISO (International Sugar Organization).  O especialista fez o comentário durante a 13ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, e ponderou que para este cenário tornar-se realidade, seria preciso enorme investimento. “Os investimentos seriam necessários não só para melhorar a produtividade dos canaviais, mas também para financiar a pesquisa e a construção de usinas. O governo, porém, reluta em autorizar empresas estrangeiras a administrarem as fazendas, uma pré-condição para os investidores interessados em atuar na agricultura cubana”.

 
Ainda conforme Baron, após a substituição do ministro da agricultura em 2010 os assuntos relacionados ao setor sucroenergético melhoraram. O governo cubano designou Gustavo Rodríguez Rollero como novo Ministro da Agricultura, um setor considerado estratégico pelas autoridades da ilha desde a posse de Raúl Castro, iniciada em julho de 2006.  “Há por parte do novo presidente interesse em atrair mais investimentos estrangeiros para a ilha Cubana”, afirma o diretor.
 
Contudo, apesar de ser um campo promissor no país, Baron acredita que a falta investimento internacional impede a produtividade do setor. “Nenhuma usina foi construída desde 1960 e as variedades de cana são de baixa qualidade, a expectativa é de que daqui a 10 anos o país produza 10 milhões de toneladas de cana”.