Publicado em: 04/02/2014 às 17:20hs
Ele traçou um cenário negativo para o etanol, lembrando que o setor deixou de ser competitivo com a retirada de um valor entre 50 e 60 centavos da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) para cada litro de gasolina. 'O problema do etanol se chama Cide', destacou.
'Enquanto não tiver Cide, não tem solução para o setor de etanol. Os investimentos só vão voltar quando Cide tiver peso de 50 centavos no litro da gasolina', destacou. "Mas isso significa aumentar em até 60% a gasolina", o que a seu ver é considerado inviável atualmente.
Atualmente, a alíquota da Cide sobre os combustíveis está zerada e, em outros momentos, foi usada para segurar o repasse do aumento de preços para o consumidor final. "Não existe como competir, em termos de custo, com a gasolina".
Odebrecht afirmou que o álcool se tornou competitivo no Brasil alguns anos atrás, porque havia a demanda dos carros flex e porque a incidência da contribuição sobre a gasolina tornava o preço do álcool atraente.
Petroquímica
Quanto à petroquímica, ele disse que há uma 'espada' apontada para a cabeça do setor no Brasil em função de alguns fatores, sobretudo a revolução do shale gas nos EUA. 'A petroquímica tem um dos maiores déficits da indústria brasileira. O custo da matéria-prima, nafta ou gás, equivale a 60% da resina termoplástica', apontou. Ele destacou que no Brasil, se o custo da produção de gás é de um número, por exemplo, 'dez', com a revolução do shale gas tal despesa de produção cai para 'quatro', o que impõe desafios importantes para o setor no País, especialmente para melhorar a produtividade, neste contexto de forte competição internacional.
Ele fez os comentários nesta segunda-feira, 03, durante a Conferência de Investimentos da América Latina em 2014, realizada pelo Banco Credit Suisse.
Fonte: Folha de S. Paulo
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