Publicado em: 02/07/2025 às 11:05hs
O Brasil celebrou uma importante vitória na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que reconheceu oficialmente os benefícios ambientais e produtivos do uso da segunda safra de milho — a chamada safrinha — na produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Essa conquista reforça o protagonismo do país na liderança da transição energética global.
No dia 4 de julho, o Conselho da OACI aprovou a inclusão da prática agrícola de múltiplas culturas, com destaque para a safrinha, como matéria-prima sustentável para SAF. A decisão foi baseada na recomendação técnica da 13ª reunião do Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (CAEP) e representa um avanço significativo para países tropicais e em desenvolvimento, como o Brasil.
A aprovação contou com o esforço conjunto dos ministérios de Minas e Energia (MME) e das Relações Exteriores (MRE), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e apoio da maioria dos países votantes, exceto os Estados Unidos.
No Brasil, o cultivo de duas ou mais safras anuais na mesma área é comum devido ao clima favorável. Esse modelo produtivo, agora reconhecido pela OACI, permite ampliar a oferta de matéria-prima para combustíveis sustentáveis sem necessidade de expansão da fronteira agrícola.
O uso de SAF é fundamental para a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor aéreo, que busca atingir emissões líquidas zero até 2050. Estima-se que os combustíveis sustentáveis possam contribuir com até 55% da redução necessária.
Além do reconhecimento, a OACI aprovou os valores de intensidade de carbono da rota de produção de SAF a partir do etanol de milho da segunda safra brasileira, utilizando a tecnologia Ethanol-to-Jet. A expectativa é que isso impulsione a produção nacional e fortaleça a participação do Brasil na aviação de baixo carbono.
“Essa vitória na OACI comprova que o Brasil é líder na transição energética global, oferecendo soluções sustentáveis, justas e inclusivas. Sob a orientação do presidente Lula, superamos desafios e mostramos ao mundo que é possível descarbonizar a aviação sem prejudicar a produção de alimentos”, afirmou o ministro de Minas e Energia.
Com essa decisão internacional, o Brasil reforça seu papel de destaque na produção sustentável de combustíveis para aviação, contribuindo para a economia verde e para a redução dos impactos ambientais do setor aéreo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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