Publicado em: 25/11/2025 às 12:00hs
Os preços do etanol seguem firmes no estado de São Paulo, sustentados pela baixa oferta e pela proximidade do fim da safra 2025/26. De acordo com o Cepea/Esalq, entre os dias 17 e 21 de novembro, o etanol hidratado foi negociado a R$ 2,8554 por litro, líquido de impostos (ICMS e PIS/Cofins), o que representa alta de 1,13% em relação à semana anterior.
Já o etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, fechou a R$ 3,2434 por litro, também líquido de impostos, registrando valorização de 1,05% no mesmo período.
Pesquisadores do Cepea explicam que o suporte aos preços vem principalmente da postura firme dos vendedores diante da escassez de produto e da proximidade do encerramento da safra. As chuvas em regiões paulistas também contribuíram para reduzir a oferta e, consequentemente, fortalecer os valores no mercado.
Apesar da demanda mais moderada por parte de alguns compradores — especialmente aqueles que já haviam feito maiores aquisições nas semanas anteriores —, o cenário de menor disponibilidade tem garantido cotações firmes no estado.
Enquanto os preços se mantêm firmes nas usinas, o etanol voltou a ser mais vantajoso para o consumidor em cinco estados brasileiros: São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente à semana de 17 a 23 de novembro.
Nessas regiões, a paridade entre etanol e gasolina ficou abaixo de 70%, o que indica vantagem econômica do biocombustível. A relação foi de 70% em São Paulo, 69,8% em Goiás, 70% no Mato Grosso, 69,5% no Paraná e 69,7% no Rio Grande do Sul.
Para o consumidor, a conta é simples: divide-se o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for igual ou inferior a 0,7, o etanol é a melhor opção. Acima desse índice, a gasolina torna-se mais vantajosa.
De acordo com a ANP, o etanol apresentou queda de preço em 14 estados, enquanto a gasolina comum barateou em 15. As maiores reduções do etanol foram registradas em Roraima (-R$ 0,05), Amazonas (-R$ 0,04), Sergipe (-R$ 0,04), Distrito Federal (-R$ 0,03) e Pernambuco (-R$ 0,03).
Já as altas mais expressivas ocorreram no Rio Grande do Sul (+R$ 0,03), Santa Catarina (+R$ 0,03), Bahia (+R$ 0,02), Espírito Santo (+R$ 0,02) e Goiás (+R$ 0,01). Apenas o Maranhão manteve estabilidade nos preços do biocombustível.
A gasolina comum teve alta apenas no Acre (+R$ 0,01) e queda nas demais regiões, com destaque para Paraíba e Pernambuco (-R$ 0,02).
O levantamento da ANP mostra que o gás de cozinha (GLP) ficou estável em 20 estados, teve queda em seis e aumento apenas em Santa Catarina (+R$ 0,01).
A gasolina aditivada barateou em 11 estados, manteve-se estável em 15 e subiu apenas no Acre (+R$ 0,01). Já o diesel comum apresentou redução em 10 estados — entre eles, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul — e estabilidade em 17.
O óleo diesel S10 registrou alta apenas no Acre (+R$ 0,03) e queda em dez unidades federativas, enquanto o GNV (Gás Natural Veicular) manteve estabilidade em 14 estados e redução em três (Paraíba, Rio de Janeiro e Sergipe).
O cenário atual reforça a resiliência do setor sucroenergético, especialmente em São Paulo, onde a oferta limitada e o fim da safra sustentam os preços do etanol nas usinas. Ao mesmo tempo, o consumidor encontra vantagem no uso do biocombustível em boa parte do Centro-Sul do país, o que pode incentivar uma maior demanda nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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