Publicado em: 21/11/2025 às 10:20hs
Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada no Brasil, o país reafirmou seu papel de liderança na transição energética global. A proposta brasileira, apresentada no evento, prevê quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035 — compromisso que já conta com a adesão de mais de 20 países.
Nesse contexto, associações do setor de biodiesel reforçaram a importância do combustível renovável como solução concreta para descarbonizar o transporte de cargas e passageiros nos modais rodoviário, ferroviário e naval.
A produção de biodiesel no Brasil completou duas décadas de crescimento contínuo. Atualmente, o país conta com 58 usinas em 14 estados, com capacidade autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir 15,6 bilhões de litros por ano — volume suficiente para sustentar uma mistura de até 22% no diesel consumido nacionalmente.
De norte a sul, o biocombustível movimenta a economia, gera empregos e contribui para a sustentabilidade. É uma alternativa de baixo custo de transição energética, com alto impacto positivo na redução das emissões e na promoção da economia verde.
Mais do que uma fonte de energia, o biodiesel é um vetor de desenvolvimento econômico e ambiental. Entre seus principais benefícios, destacam-se:
Além disso, com a atual mistura de 15% (B15), o país evita a importação de cerca de 674 milhões de litros de diesel por ano, o que representa uma economia de US$ 470 milhões na balança comercial e impede a emissão de 127 milhões de toneladas de CO₂ equivalente — o mesmo que o plantio de 930 milhões de árvores.
O biodiesel produzido no Brasil atende às especificações mais rigorosas da ANP, sendo reconhecido internacionalmente por sua qualidade. Seu uso reduz a poluição atmosférica e, consequentemente, a incidência de doenças respiratórias, contribuindo para a melhoria da saúde pública e o aumento da produtividade econômica.
A relação entre biodiesel e segurança alimentar é direta. Como 75% da matéria-prima utilizada é o óleo de soja, o processo de produção gera farelo, insumo fundamental para a alimentação animal.
Em 2023, o avanço do biodiesel proporcionou R$ 3,5 bilhões de redução no custo de produção de proteínas animais, ajudando a conter a inflação e a manter os preços das carnes mais acessíveis ao consumidor.
Dessa forma, o biodiesel se consolida como um combustível renovável, inclusivo e competitivo, que gera renda, reduz emissões e fortalece a economia nacional.
As entidades do setor defendem a continuidade e o fortalecimento das políticas públicas que sustentam o crescimento do biodiesel, com destaque para o programa Combustível do Futuro, que oferece previsibilidade e segurança jurídica ao setor.
Entre as principais recomendações, estão:
As associações que assinam o Manifesto pelo Biodiesel destacam que o Brasil possui todas as condições para liderar a transição energética global. Com base em um modelo que alia inovação, sustentabilidade e inclusão social, o biodiesel brasileiro representa a força que transforma o presente e garante o futuro.
Assinam o manifesto:
Fonte: Portal do Agronegócio
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