A proposta, segundo ele, está sendo analisada pelo governo.

Atualmente, o percentual é 5,0%. O Rio Grande do Sul é responsável por 35,0% a 40,0% da produção nacional de biodiesel, sendo que a maior parte está concentrada no norte gaúcho.

O aumento da mistura é uma reivindicação do próprio setor, que afirma ter uma capacidade de produção bem maior do que a demandada com a adição de 5,0%.

O programa brasileiro de biodiesel ainda depende, basicamente dos leilões realizados pelo próprio governo federal para o abastecimento do mercado.

O mais recente foi realizado no início deste mês para garantir a oferta do biocombustível nos meses de novembro e dezembro deste ano. As distribuidoras compraram 521,5 milhões de litros. O valor superou R$1,0 bilhão.

Além da capacidade produtiva, um dos argumentos do setor para reivindicar aumento da mistura é ambiental. Segundo dados da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel, a adição de 5% do combustível no diesel convencional evitou a emissão de 5,2 milhões de toneladas de gases de efeito estufa medidos em CO2 equivalente.

A instituição projeta que a redução de emissões chegaria a 6,2 milhões de toneladas com a mistura de 6% e a 7,3 milhões no caso se diesel com 7,0% de biodiesel.

Se a mistura chegasse a 10,0%, representaria uma redução de 10,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente esse chegasse a 20% de biodisel no combustível convencional, representaria deixar de emitir 20,8 milhões de toneladas.

"Cada percentual a mais de biodiesel mandatório, no Brasil, é equivalente ao plantio de cerca de 7,2 milhões de árvores", informa a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), em comunicado em reunindo os dados da Câmara Setorial.