Mercado Financeiro

Títulos ligados ao agronegócio têm queda de 40% na alocação mensal

Volume registrado em dezembro de 2022, de R$ 7,28 bilhões, caiu para R$ 4,39 bi em setembro de 2023, indica levantamento de Nelogica/Comdinheiro


Publicado em: 08/12/2023 às 17:00hs

Títulos ligados ao agronegócio têm queda de 40% na alocação mensal

O volume de recursos alocados em atividades agropecuárias por meio de títulos como Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) registrou queda de quase 40% neste ano. Depois de alcançar, em dezembro de 2022, o valor de R$ 7,284 bilhões, o volume de títulos ligados ao agronegócio em fundos de investimentos registrou queda, neste ano, de quase 40% de acordo com dados levantados pela Comdinheiro/Nelogica. O estudo revela que as alocações no agronegócio registraram queda para R$ 4,392 bilhões em setembro de 2023. 

No comparativo com setembro de 2022, quando o volume de título vinculados ao agronegócio captados no mercado somou R$ 6,828 bilhões, a retração foi de 35,7%. De acordo com Filipe Ferreira, diretor da Nelogica para Comdinheiro, com exceção de agosto, até o momento, está em queda constante desde dezembro de 2022 o volume de fundos de investimentos que aportaram recursos no setor do agronegócio por meio da aquisição de títulos como Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo. 

“Ainda que possamos ter uma pequena alteração de títulos registrados em setembro, o cenário não mudará significativamente. Viemos em queda constante nessas captações desde o ano passado, que foi um ano de movimento oposto, de alta, praticamente todos os meses”, explica Ferreira.

O executivo acrescenta ainda que, com juros ainda altos no País, os investidores preferem aportar seus recursos onde há menos riscos e bons ganhos, como em CDB e títulos públicos. No caso do agronegócio, apesar de projeções otimistas para a safra de grãos 2023/2024, após dois anos de perdas por razões climáticas, especialmente na Região Sul, Ferreira pondera que os investimentos se dão em títulos privados menos seguros.

“Ainda que o agronegócio seja um motor da economia, é, como se chama, de uma indústria a céu aberto e com possibilidade de perdas maiores. E as questões climáticas que podem afetar uma safra é um dos grandes temores. E quando o investidor empresta ao produtor, ele associa-se, também, aos riscos do setor”, pondera o diretor de Comdinheiro/Nelogica.

Fonte: ANK Reputation

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