Mercado Financeiro

Soja segue em alta na bolsa de Chicago nesta 6ª

Os futuros da soja estendem os ganhos registrados ontem e seguem trabalhando em alta na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira


Publicado em: 22/11/2013 às 11:10hs

Soja segue em alta na bolsa de Chicago nesta 6ª

Os futuros da soja estendem os ganhos registrados ontem e seguem trabalhando em alta na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (22) e, durante a madrugada, o vencimento janeiro/14, o mais negociado nesse momento, chegou até mesmo a testar o patamar dos US$ 13 por bushel. Milho e trigo operam próximos da estabilidade.

A demanda ainda é o principal fator de suporte para os preços e o mercado foi estimulado, nesta quinta-feira (21), pelos números de exportações semanais dos Estados Unidos, os quais superaram bastante as expectativas dos traders. O mesmo aconteceu com o trigo e com o óleo de soja.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (21):

Exportações dos EUA superam expectativas e soja fecha com forte alta

Na sessão regular desta quinta-feira (21), os futuros da soja encerram os negócios com altas de dois dígitos. As aquecidas exportações norte-americanas de soja foram o principal motivo que motivo esse significativo avanço dos prços na Bolsa de Chicago, exibindo um movimento mais forte do mercado após duas semanas de estabilidade. Os ganhos ficaram entre 10,50 e 17,75 pontos nos principais contratos, com o vencimento janeiro/14, o mais negociado nesse momento, valendo US$ 12,91. Os futuros do milho também fecharam o dia do lado positivo da tabela.

Com esse quadro, o mercado deverá ver os preços buscando melhores patamares, na tentativa de superar os US$ 13 por bushel, segundo explicam os analistas. Para Maurício Correa, analista do SIM Consult, o vencimento janeiro, o mais negociado nesse momento, pode procurar atingir os US$ 13,20. "O mercado tende a ficar preso nesse intervalo entre US$ 12,50 e US$ 13,50.", explica.

De acordo com os números divulgados nesta quinta pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as exportações semanais de soja em grão do país somaram, na semana encerrada em 14 de novembro, 1.376,4 milhão de toneladas, enquanto as expectativas do mercado variavam entre 650 mil e 850 mil toneladas.

Com isso, os EUA contabilizam 35,4 milhões de toneladas das 39,5 milhões projetadas pelo USDA já comprometidos, com apenas 4 milhões de toneladas para serem comercializadas até agosto do ano que vem, que é quando se encerra o ano comercial 2013/14. Paralelamente, já se estimam também estoques norte-americanos de soja muito apertados diante de uma demanda que não dá sinais de redução ou desaquecimento, com um aumento, somente por parte da China, em 10 milhões de toneladas em relação à temporada anterior.

A nação asiática, segundo informações apuradas pela agência Reuters, está comprando soja de produtores locais para manter em alta os preços no mercado interno e, assim, deverá aumentar suas importações. Atualmente, o país é responsável pela compra mais de 60% da soja comercializada no mundo e tem a missão de atender a enorme demanda para produzir ração animal, devido ao aumento no consumo interno de carne.

E essa demanda, segundo analistas, que tem sido o principal foco de alta dos preços nesse momento em que a colheita nos Estados Unidos já foi finalizada e a nova safra da América do Sul está no início do seu desenvolvimento e as condições climáticas, principalmentos nos dois produtores mais importantes, Brasil e Argentina, ainda são incertos durante todo o ciclo da safra.

Fonte: Notícias Agrícolas

◄ Leia outras notícias