Publicado em: 17/09/2025 às 11:40hs
O mercado de soja no Brasil apresenta comportamento misto nesta segunda quinzena de setembro, com preços mais travados no Sul e leves variações em outros estados. No Rio Grande do Sul, os contratos para a safra futura ficaram em R$ 141,00 por saca nos portos, enquanto no interior de Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa os valores oscilaram em torno de R$ 135,00.
Em Santa Catarina, a negociação permanece estável, com a saca cotada a R$ 128,00 em Rio do Sul e ligeira queda em Palma Sola, para R$ 123,00. No porto de São Francisco do Sul, o preço atingiu R$ 140,82 por saca. No Paraná, os valores diferem conforme a proximidade dos polos de exportação e esmagamento: Cascavel registrou R$ 128,83, enquanto o porto de Paranaguá alcançou R$ 142,73 por saca. As regiões Norte Central e Centro Oriental do estado apresentaram preços de R$ 129,03 e R$ 130,69, respectivamente.
No Mato Grosso do Sul, os preços refletem a logística local, com Maracaju registrando R$ 117,20 para entrega futura e Dourados a R$ 125,05. Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia oscilaram entre R$ 125,08 e R$ 126,15, enquanto Chapadão do Sul teve leve recuo para R$ 120,37. Já no Mato Grosso, as cotações acompanharam pequenas perdas, com Lucas do Rio Verde e Nova Mutum cotadas a R$ 122,48 por saca e Campo Verde a R$ 122,85, enquanto produtores aguardam chuvas mais significativas para avançar no plantio da safra 2025/26.
No mercado internacional, os futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) continuam em trajetória de alta. Em 16 de setembro, o contrato de julho chegou a US$ 11,04 por bushel, enquanto janeiro e maio foram negociados a US$ 10,66 e US$ 10,94, respectivamente. A valorização do óleo de soja, com ganhos superiores a 1,5%, tem dado suporte adicional às cotações do grão.
O movimento também reflete compras de proteção pelos investidores, que adotam postura cautelosa diante das incertezas sobre taxas de juros nos Estados Unidos. Além disso, o mercado acompanha a possibilidade de avanços em negociações comerciais entre EUA e China e a realocação de mandatos de biocombustíveis norte-americanos. O desempenho do esmagamento para produção de óleo e a fase inicial de colheita da nova safra ainda contribuem para volatilidade e ajustes nas expectativas de preço.
O clima segue como fator determinante para a nova safra de soja. Após semanas de estiagem intensa, com umidade do ar abaixo de 12% em regiões do Centro-Oeste, os produtores aguardam as primeiras chuvas mais expressivas, previstas entre os dias 22 e 23 de setembro. A umidade do solo será essencial para o plantio e para a consolidação das lavouras, influenciando tanto a produção quanto o ritmo das negociações futuras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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