Publicado em: 14/07/2021 às 12:00hs
Sinalizando mais uma vez a continuidade da recuperação da atividade econômica em meio à melhora gradual da pandemia no país, o setor de serviços apresentou expansão de 23,0% a/a em maio, o equivalente a uma alta de 1,2% na comparação com abril. Apesar de ter vindo marginalmente abaixo das nossas expectativas (de 23,5% a/a e 1,6% m/m), o resultado surpreendeu positivamente o consenso de mercado, que esperava alta de 21,9% a/a no período.
Embora a alta tendo sido generalizada, os principais destaques positivos vieram especialmente dos setores que têm conseguido se beneficiar da reabertura das atividades econômicas, do avanço da vacinação e da redução gradual do número de infecções no país. Destacam-se especialmente: i) os serviços prestados às famílias, que apresentaram alta de 17,9% m/m no período, puxados especialmente por alojamento e alimentação (onde estão inseridos serviços como bares e restaurantes, dois dos serviços mais fragilizados pela pandemia) e ii) transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que apresentaram alta de 3,7% m/m, com destaque especialmente para transportes aéreos, que avançaram 60,7% m/m no mês. O índice de atividades turísticas, que apresentou queda significativa em meio à pandemia, também esboçou recuperação acelerada em maio, com alta superior a 18,2% m/m.
As únicas quedas foram apresentadas pelos serviços de informação e comunicação (-1,0% m/m), transporte aquaviário (-3,3% m/m) e outros serviços (-0,2%). A queda, no entanto, não foi suficiente para alterar a trajetória positiva que esses segmentos têm apresentado nos últimos meses.
O resultado de hoje corrobora o entendimento de que o PIB do segundo trimestre desse ano deve apresentar alta na comparação marginal. A divulgação das três principais pesquisas setoriais (PIM, PMC e PMS) referentes a abril e maio são compatíveis com a nossa projeção de +0,5% da atividade no segundo trimestre.
Para os próximos meses, esperamos que o setor de serviços dê continuidade ao processo de recuperação, refletindo especialmente o avanço da mobilidade e o ganho gradual de confiança dos agentes econômicos à medida em que avança a campanha de vacinação e a pandemia dá leves sinais de melhora.
Esperamos que 2021 e 2022 sejam anos positivos para o setor. A poupança circunstancial feita pelas famílias mais ricas durante os meses mais severos da pandemia reforça esse entendimento. Para esse ano, esperamos que o setor de serviços apresente alta de, aproximadamente, 8,4%, compensando a queda de 7,8% registrada em 2020.
*Polaridade de curto prazo: Alta se a performance mensal for superior à performance média dos últimos três meses. Baixa se for o contrário.
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Fonte: Banco Original
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