Publicado em: 13/12/2024 às 10:20hs
As ações da China encerraram a semana com o maior recuo registrado em três semanas, pressionadas pela falta de novidades na Conferência Central de Trabalho Econômico. A reunião, que delineia as políticas econômicas anuais do país, repetiu compromissos como aumento de emissão de dívida, redução de taxas de juros e suporte ao crescimento econômico, mas não apresentou medidas concretas capazes de restaurar a confiança dos investidores.
No fechamento desta sexta-feira, o índice Xangai Composite recuou 2,01%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores empresas de Xangai e Shenzhen, caiu 2,37%. Ambos os índices anularam os ganhos acumulados ao longo da semana, registrando as maiores quedas desde o fim de novembro. O Hang Seng, de Hong Kong, também sofreu um impacto significativo, com queda de 2,09%, o maior declínio em um mês.
De acordo com a mídia estatal, a Conferência Central de Trabalho Econômico reiterou a intenção de adotar uma postura fiscal mais expansionista e promover o crescimento econômico. Anteriormente, o Politburo já havia sinalizado uma política monetária "adequadamente frouxa". No entanto, analistas do banco ANZ destacaram que tanto o Politburo quanto a Conferência Central trouxeram mais uma revisão de medidas anteriores do que propostas inovadoras para impulsionar a economia.
O pessimismo afetou diversos setores da economia chinesa. O setor financeiro caiu 2,7%, o de bens de consumo básicos recuou 2,8%, e o setor imobiliário registrou perdas ainda mais significativas, com queda de 3,3%.
Além da China, outros mercados asiáticos apresentaram desempenho misto:
O cenário reforça as incertezas do mercado sobre a efetividade das políticas econômicas anunciadas pela China para sustentar o crescimento em 2024.
Fonte: Portal do Agronegócio
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