Publicado em: 30/09/2025 às 15:50hs
O mercado financeiro reduziu a projeção da inflação oficial de 2025. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,83% para 4,81%.
A pesquisa também apontou ajustes nas projeções para os próximos anos. Em 2026, a previsão recuou de 4,29% para 4,28%. Já para 2027 e 2028, as estimativas permanecem em 3,9% e 3,7%, respectivamente.
Mesmo com a redução, a projeção para 2025 ainda está acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Em agosto, o IPCA registrou deflação de 0,11%, influenciado pela queda na conta de energia elétrica. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,13%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic como principal ferramenta de política monetária. Atualmente, os juros básicos estão em 15% ao ano, patamar definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Na última reunião, o Copom optou por manter a Selic, sinalizando a intenção de conservar a taxa elevada por um período prolongado, diante das incertezas externas e do ritmo mais moderado da economia brasileira.
Segundo o boletim Focus, a expectativa é de que a Selic encerre 2025 em 15%. Para 2026, a projeção é de queda para 12,25% ao ano. Em 2027 e 2028, o mercado espera novas reduções, para 10,5% e 10% ao ano, respectivamente.
O aumento da Selic tem como objetivo reduzir a pressão sobre a demanda, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, o que tende a conter os preços. Porém, taxas elevadas também podem dificultar a expansão econômica.
Por outro lado, a redução da Selic costuma tornar o crédito mais acessível, estimulando o consumo e a produção, mas reduzindo o controle sobre a inflação.
O boletim Focus manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,16% para 2025. Para 2026, a expectativa é de expansão de 1,8%, seguida por altas de 1,9% em 2027 e 2% em 2028.
No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira avançou 0,4%, puxada pelo desempenho dos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB fechou com crescimento de 3,4%, registrando o quarto ano consecutivo de alta, a maior desde 2021, quando alcançou 4,8%.
Em relação ao câmbio, o mercado prevê o dólar a R$ 5,48 no encerramento de 2025. Para 2026, a cotação esperada é de R$ 5,58.
Fonte: Portal do Agronegócio
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