Publicado em: 17/09/2025 às 13:10hs
Os preços do algodão em pluma no Brasil continuam pressionados, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A combinação de fatores externos e internos mantém a tendência de queda das cotações no mercado nacional.
De acordo com o Cepea, a cotação do algodão sofre influência direta da queda dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures), que operam em níveis historicamente baixos. Esse cenário, aliado à baixa do dólar – que registra sua menor cotação desde meados de 2024 – tem limitado a competitividade das exportações brasileiras.
A paridade de exportação do algodão caiu aos patamares observados em dezembro de 2020. Pesquisadores do Cepea explicam que a combinação de dólar desvalorizado, preços internacionais fracos e oferta elevada mantém a pressão sobre os valores pagos aos produtores no mercado interno.
O Cepea destaca que a expectativa de uma safra recorde de algodão no Brasil reforça o cenário de preços pressionados. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que a produção da temporada 2024/25 deve alcançar 4 milhões de toneladas, um aumento de 9,7% em relação à safra anterior. Ao mesmo tempo, a demanda interna permanece contida, o que dificulta a recuperação das cotações.
No acumulado da primeira quinzena de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ (pagamento em oito dias) recuou 6%, encerrando o dia 15 a R$ 3,6703 por libra-peso (lp). Vale lembrar que, no dia 12, o indicador havia fechado a R$ 3,6590/lp, valor nominal mais baixo desde 6 de julho de 2023.
No campo, a colheita da temporada 2024/25 está em fase final. A expectativa de produção recorde reforça a oferta abundante e contribui para a manutenção da tendência de baixa nos preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
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