Publicado em: 07/05/2025 às 11:15hs
De acordo com Maria Levorin, diretora de distribuição e suitability da Multiplica Crédito & Investimentos, o cenário atual favorece produtos lastreados em ativos reais e com proteção contra a volatilidade dos mercados.
O mês de maio se inicia com um panorama macroeconômico desafiador, segundo Maria Levorin. A inflação acima da meta do Banco Central e a taxa Selic em patamar elevado, atualmente em 14,25% ao ano, com possibilidade de aumento para 14,75% na próxima reunião do Copom, criam um ambiente propício para a procura por investimentos mais seguros e previsíveis. Nesse contexto, os FIAGROs se destacam como alternativas atrativas, especialmente por estarem ligados a uma das cadeias mais sólidas da economia brasileira.
Fundos com histórico consistente de gestão, como o EGAF11, têm atraído maior atenção dos investidores. Segundo Levorin, esses produtos oferecem rendimentos mensais isentos de imposto de renda, com retornos que variam entre CDI + 2,5% e CDI + 5% ao ano, além de proporcionar exposição ao agronegócio, setor que segue resiliente mesmo diante de eventos climáticos adversos.
Apesar de desafios pontuais, o agronegócio brasileiro continua sendo um pilar de sustentação da economia nacional. Levorin destaca que as exportações do setor somaram US$ 37,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, recorde histórico para o período. Produtos como soja, carne bovina e celulose lideraram as vendas externas, impulsionando o resultado e demonstrando a força da demanda internacional por commodities brasileiras.
Outro fator que contribui para o fortalecimento dos FIAGROs é a Resolução CVM 214/2025, que trouxe mais padronização, governança e transparência aos fundos ligados ao agronegócio. A medida eleva a segurança jurídica para investidores e favorece a institucionalização do setor. Fundos já alinhados com boas práticas de gestão, como o EGAF11, devem se beneficiar diretamente desse novo cenário regulatório.
Diante de um contexto econômico incerto e de taxas de juros elevadas, os FIAGROs se consolidam como instrumentos eficientes para quem busca retorno consistente e previsibilidade, segundo Maria Levorin. Além de oferecerem rentabilidade atrativa e isenção fiscal, esses fundos contribuem para o desenvolvimento do agronegócio, setor estratégico para o Brasil e para o equilíbrio da balança comercial.
Fonte: Portal do Agronegócio
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